sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mudanças e Descobertas

Caros amigos deste modesto blog via email, o meu blogmail! Estou morrendo de saudades de vocês e de dividir meus pensamentos e burrices cometidas com todos. Nas últimas semanas passei por muita coisa nova, tanto materialmente quanto emocionalmente. É que eu e minha família nos mudamos para a nossa casa própria. Sim, nossa: minha, da minha família e da Caixa Econômica também. Rsrsrsrs! Nada demais, temos 30 anos para quitar. rsrsrsrsrsrs

Bom, mas o que me fez quebrar o jejum de escrever, foi uma emoção nova que experimentei ontem e hoje: a independência! Vocês devem estar se perguntando a que tipo de independência estou me referindo, e imaginando que estou falando da aquisição da casa em si, sem "paitrocinios" , heranças ou qualquer outro benefício que não sejam os do trabalho de anos do Marcello (e meu tb já que contribui um pouquinho com meu FGTS). Bom apesar disso também ser mega, hiper- importante, minha empolgação hoje foi a conquista de lidar com  a furadeira. Sim, meus caros leitores, fiquei muito feliz com meus primeiros furos solos!

Toda  mudança gera uma série de perturbações e providências que as vezes (quase sempre) nos deixam estressados. E os furos para colocar tudo no lugar: plantas, prateleiras, suportes diversos, espelhos, etc e tal, vão ficando para depois, pois as prioridades são outros reparos. Eu já estava acostumada a mudar móveis de lugar, trocar lâmpada, subir no telhado, limpar a calha, mais ainda não tinha me atrevido a fazer furos. Na minha primeira casa em Carajás, meu furador oficial era o João Gerson, depois ele foi embora de lá e fiquei com o Paulo Cesar. Este também caçou seu rumo e então conquistei o super-Miguel (meu Pereirão particular). Mais depois que cheguei a Campos, se quisesse colocar um quadro  na parede tinha de pagar. Um furo... alguns reais... e assim foi. Acabei por descobrir os santos pregos de aço, que não entortam e ficam bem fixos a parede, mas eles não servem para todos os tipos de acessórios, as cortinas por exemplo, tem de ser na bucha e parafuso! E assim fiquei eu dependente dos Pereirões da vida. Mais isso agora está acabando. Estou assumindo a máquina de furar! Adorei! Claro que no começo as coisas são difíceis. Minha primeira tentativa foi colocar o suporte para mangueira de jardim. Escolhi a broca, separei os parafusos e buchas e mandei brasa........ beleza, penetrei, umas marteladinhas e a bucha entrou,  agora é só aparafusar. .. E faz força daqui, faz força dali e nada do parafuso entrar. Pensei que ele estivesse pequeno demais para a bucha então peguei um mais "purrudo" (mais grosso, maior, para quem não conhece os vocábulos paraenses) e  tome-lhe força e nada. Peguei outro maior ainda, e nada. Só então percebi que estava girando a chave de fenda ao contrário...kkkkkkkkkkk... ahhh, pelo menos descobri a tempo de voltar para o primeiro parafuso escolhido (que estava certo de tamanho) e aperta-lo, desta vez girando para o lado certo. Me sentindo infantilmente poderosa com a furadeira na mão, parti para outras missões. Fui pregar um suporte para planta na parede. Novamente  escolhi, broca, bucha e parafuso... e vamos a força e ao barulho. Desta vez acho que a parede era de concreto, de cimento de primeira ou de tijolo maciço, porque mesmo fazendo força não conseguia dar a profundidade necessária ao buraco. Acabei cortando um pouco da bucha: assim vai dar, pensei! Ledo engano, não deu! Mas não me amofinei (aborreci, desisti) peguei uma bucha 6 e o buraco parecia ter sido feito para ela! Minha samambaia "renda portuguesa" já está suspensa em local seguro (espero que esteja mesmo), protegida do excesso de sol e chuva.

Porta vassouras, cabides, toalheiros.... me aguardem, aí vou eu!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Auto-regressão

Há pouco tempo me disseram que eu “gosto” dos produtos de limpeza. Isso me incomodou. Meio que me entristeceu mas não me magoou. Porque para me magoar eu tenho que permitir. Não é o outro que me magoa, sou eu que me magôo. É em mim que a magoa fica então sou eu quem tem de lidar com ela. Minha teoria é que se  reconhecemos uma falha nossa, o potencial de “criar” uma mágoa aumenta. Sócrates aconselhava: “Conhece-te a ti mesmo.” Isso é simples, ou ilógico apenas para os tolos. Então, buscando me conhecer pensei: Eu não gosto dos produtos de limpeza, pelo contrário, eu gosto dos perfumes, das lojas de roupas, dos cursos de idiomas, de viajar, de ser independente (ou talvez o certo é dizer inconseqüente), das lojas de bijuterias, mais se estou presa aos produtos de limpeza não é porque gosto deles, mais porque preciso deles. Logo, outra teoria minha é que em vidas passadas, minha grande falha era a futilidade extremamente mimada, uma madame que tinha a vida completamente dedicada a si, a sua aparência, aos seus desejos imediatos, aos seus instintos, não importando qualquer que seja o meio para chegar a este fim. Trágico?! Improvável?! Exagerado?! Não acho. Acho que ficar imaginando que fui anjo e vim nesta vida em missão que é exagerado e absolutamente improvável. Logo, se não passo por grandes dificuldades, também não tenho todos os desejos atendidos. Mais quem é que veio nessa vida para ter todos os desejos atendidos? A transformação de uma coisa para outra coisa se dá com dor e paciência, mas fica mais fácil se os outros também entenderem a metamorfose necessária a que nos submetemos quando queremos, decidimos deixar para trás os velhos vícios. Tem um ditado que diz: “feliz daquele que ama o que faz, porque só assim nunca precisara trabalhar.” Então, caso você ame o seu trabalho, parabéns! Você recebeu um prêmio, porém apesar disso também tem suas provas e metamorfoses a fazer, mais esta não é uma delas. Logo, procure entender que o trabalho que ainda não amamos, mais que precisamos, nos causa insegurança, cansaço, tédio, ou outros adjetivos. Nunca porém alegria. Essa virá quando aquilo não representar mais uma falha sua, quando você for capaz de amar aquele trabalho. Quando ao executá-lo não sinta a sensação de que está renunciando sua vida (quando na verdade estamos renunciando nossas falhas). Ter consciência de estar no caminho certo, não nos exime da dor da transformação. E quem sabe, um dia vou gostar dos produtos de limpeza... poderei até fazer coisas do tipo: - Ah, não tô fazendo nada mesmo, tem até uma graninha sobrando, vou ali no mercado ver o que chegou de novidade na seção de limpeza!”
Ce la Vie!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A segunda metade

Tem gente por aí que está a procura da sua segunda metade. Da sua alma gêmea ou como dizem da outra metade da laranja. Eu não! Eu estou atrás da minha própria segunda metade.
Considerando uma expectativa de vida de 80 anos, posso dizer que estou prestes a fechar a primeira metade e iniciar a segunda. E a crise dos 40 (esta será a primeira e última vez que falo sobre isso, pois para todos os efeitos sempre terei 38 anos!!!) tem me proporcionado muitas conservas silenciosas.
Quando era uma garota (sim, porque algo de bom deveria ter no fato de fazer 40: dizem que é a idade da Loba... hummmm, melhor que ser uma garota!Não acham?) , achava que uma pessoa de 40 ou 50 anos era velha. Os muito jovens são assim. Nesta fase suas expectativas e sonhos para a vida são muito materiais, eles podem tudo, sabem tudo, não querem conselhos, acham que o tempo passa bem devagar, como se 20 anos fossem levar 20 séculos. Hoje posso afirmar que muitas vezes 20 anos passados podem parecer 2 anos. Os muitos jovens se lançam numa busca por sucesso, carreira, dinheiro e esquecem de se conhecerem, acham que serão eternamente jovens, e se alguém perto deles diz: “- Ah se eu tivesse 20 anos de novo, mais com a cabeça de hoje!” Eles irão olhar de lado e achar que somos dinossauros caretas. Mais é bem provável que um dia esse, já não tão jovem assim, se pegue falando ou pensando esse clichê.
Mas eu resolvi diferente. Resolvi que não quero ter de novo 20 anos. Resolvi que quero começar a construir a ¾ da minha vida de bem comigo, com uma sensação de dever sendo cumprido, sem arrependimentos, sem lamentações. Sofrimentos eu sei que terei, assim como momentos de alegria também surgirão, porém a felicidade (ainda) não é deste mundo. Buscando esse equilíbrio entre os meus sonhos e desejos materiais e o meu EU, ganharei passaporte para mundos menos materiais, onde as leis da cooperação, da fraternidade, da honestidade não serão consideradas cafonas. Mundos onde quem vence não é o mais esperto, mas o mais justo.
Não é fácil, bem o sei. Quando olhamos para trás sentimos: “- Nossa já passou todo esse tempo?” Porém na hora que a dor está doendo, os ponteiros do relógio parecem parados, sentimos como se o tempo não passasse. Mas tenho um recado de alguém muito, muito, muito, imensamente, acima de nós, Maria de Nazaré: Tudo passa!
E, aqui na Terra tudo passa mesmo. A flor é semente, depois cresce, floresce e morre, para novas flores surgirem. O sol nasce e o seu alvorecer dá espetáculos de beleza, mas logo ele irá se pôr, para novamente renascer. Então amigos queridos, é a vida ... um eterno nascer, crescer, morrer ... para depois renascer, tal é a lei! Somos imortais, e como seres imortais estamos proibidos de nos sentir fracassados seja em que fase da vida for. Seja um sonho que tinha e não se realizou, seja porque motivo for.  Olhe para frente, olhe para além! So, last but not least, estou atrás da minha segunda metade. Da metade que será capaz de equilibrar os meus sonhos e desejos materiais com a evolução do ser espiritual que sou. Da capacidade de acima de acreditar em mim, eu possa acreditar no PAI. A minha alma gêmea sou eu mesma, despida da simplicidade e da ignorância com que Deus, em sua infinita bondade, me criou para a imortalidade. A minha outra metade sou eu melhor que antes, tendo ou não os meus desejos materiais atendidos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Convivências e Amizades

Muitas são as apresentações de slides que recebemos, e repassamos, das chamadas “correntes” da comunicação moderna: o email, sobre amigos e amizades.
Umas melosas demais, outras criativas e divertidas, enfim de todos os tipos. Acho interessante, e como disse às vezes repasso algumas, para falar a verdade evito as mais melosas e prefiro as originais ou divertidas. Mais tem um problema que me preocupou nisso: para quem estamos repassando essas correntes? Para alguém que temos convívio diário? Para alguém que não está mais no nosso dia-a-dia, mas nunca sairá de nossas vidas? Ou para todos da sua lista de contatos? Mais, que as mensagens de correntes, gosto de cultivar os vocabulários específicos que “foram surgindo” ao longo de convivências e amizades. Nós, eu, minha família e meus amigos, temos vários desses vocabulários que se fossemos conversarmos junto de um grupo novo de pessoas, metade deles não entenderia. E o engraçado é que para cada grupo, ou tribo, de amigos temos vocábulos diferentes que nos remetem imediatamente a uma lembrança gostosa de uma convivência nossa.
Coisas do tipo: Tio Bimba (na verdade até hoje não seu se é uma pessoa que existiu...mais para mim soa como “tíuubimba). Tecla sap: As crianças subiram e desceram a esteira rolante do novo supermercado numa verdadeira “tíubimbagem”!. Ou: Eu, ao conseguir conversar pelo skype pela primeira vez através do microfone gritava mais que um surdo falando ao celular. Acho que eu queria superar a tecnologia e me fazer ouvida lá do outro lado do mundo pela própria voz. Uma verdadeira atitude “tíuubimba”.
Como esse, temos outros vocábulos próprios e como cada um está ligado a um grupo especial de amigos/família e cada um deles trás recordações deliciosas, que acho bem apropriado para uma tarde de domingo revisita-los. É como se pudesse conversar com cada amigo. E, é exatamente por isso que para muitos, alguns não terão sentido. Perdoem-me, se não traduzo cada um deles. O que pretendo com esta reflexão é questionar a todos: Qual é o grau de amizade que você criou com essa ou aquela pessoa? Vocês já tem em comum histórias e vocábulos particulares? Vocês já ligaram para dar uma boa ou uma má notícia? Ou vocês se vêem muito raramente, mais repassam correntes de amizades quase todos os dias? Eu repasso correntes de amizade, mais não quero, e não vou, perder o contato físico com nenhum dos meus amigos especiais que a muito custo aprendi a cativar. As correntes serão só para os momentos em que a vida e as condições me impedirem de abraça-los pessoalmente. É em homenagem e lembrança há alguns desses amigos que seguem bobagens que já inventamos ou apenas surgiu:
Ôh carlinhos! / Atento helicóptero, me cópia, me cópia? / Me abduziu / Decoração com muitos candelábios. / Visitar animais empanados no museu de taxidermia. / Vestir uma camisola de chifrão / É dois / Tome-te / Ser um Silveira. / Fazer um gazebo / Missão / Considerado(a) / peida no samba / bebidas, maiiis bebidas? /putaria franciscana  / Poder de visualização / sacanear a guerra com baladeira / rala cowboy / tu vacila mais é legal / Botafogo, botafogo campeão EM 1910 / Não é assim que a banda toca / e outros mais............. saudades e beijos a todos os meus amigos!!!!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Petit Gateau

Insondáveis são os caminhos do Cristo para nos conduzir na caminhada evolutiva na Terra!
 Em Carajás há alguns anos atrás ouvi uma palestra do Sr. Quincas, onde ele dizia que hoje em dia, todos nós traçamos nossas metas para nos aprimorar na nossa formação profissional, planejamos nossos MBAs, mestrados, estudo de novas línguas e estamos sempre pensando em como fazer nosso currículo profissional atualizar, mas que esquecemos de fazer isso com nosso currículo cristão. Que assim como colocamos metas para sermos melhores profissionais, devemos também ter nossas metas para sermos melhores cristão, consequentemente melhores pessoas, de tempos em tempos. Ele sugeriu que pelo menos a cada 03 anos devemos ter nos tornado melhores espíritas, católicos ou evangélicos, dependendo da nossa religião, do que fôramos 03 anos antes. Isto me marcou bastante. Achei muito coerente e tenho tentado ser uma cristã melhor que antes. E acredito que estou conseguindo melhorar. Para embasar esta minha afirmação, vou lhes contar agora uma história de 10 anos atrás.
Em outubro de 2001, grávida da minha primeira filha, ao comentar com minha gerente (que era paraense) que iria à Belém para assistir ao Círio de Nazaré, na companhia de meu marido, uma amiga e sua colega de república, ela então falou que eu não poderia deixar de ir ao restaurante X, na ainda nova, região das Docas e provar um bolinho de chocolate, com chocolate quente derretido por dentro e servido com sorvete de creme. Minha boca encheu d´água desde a hora que ela começou a descrever como era o tal bolinho, o lugar onde ele era servido e etc e tal. Aquela altura já estava quase me esquecendo que ia à Belém para o Círio e só pensava no tal bolinho. Aliás, para falar dessa viagem como ela merece precisaria escrever um livro, pois aí poderia contar: como foi chegar ao hotel, como era a toalha de banho que encontramos como era o café da manhã (melancia à vontade), do chuveiro que caiu na minha cabeça enquanto tomava banho, e muito mais coisas até a hora de voltarmos para Carajás. Uma verdadeira comédia pastelão. Bom, mais voltando ao Petit Gateau... Depois de muito falar, durante muito tempo, na cabeça de todos que tínhamos que ir a Docas e comer o tal bolinho conseguimos chegar lá. Ao chegarmos lá, eu quase que correndo em direção ao restaurante indicado, a amiga da minha amiga resolve que não quer comer lá ... surtei, xinguei, dei pitti e estraguei o resto do clima do feriado. Durante muito tempo não admiti que eu tinha agido errado. Achava que minha vontade deveria ter sido soberana e que a culpa dos pittis e xingamentos não era da minha falta de educação e egoísmo mais sim do excesso de hormônios e desejos da gravidez. Bom, passados uns anos, ainda morando em Carajás, eu já era capaz de reconhecer que havia sido mal-educada. E até aprendi a fazer petit gateau para não passar mais vontade. Um passo dado, pelo menos, reconheci minha falta de educação. Mais aí, a amiga da minha amiga não morava mais lá e não precisava pedir desculpas. Só que alguns anos depois, já em Campos, descubro uma paixão. Um orador que me abduz a outro universo toda vez que o ouço. Ele é um estudioso do Novo Testamento e também várias obras espíritas que me faz ter vontade de ficar perto dele, de conhece-lo, e dizer: Você é o cara! Na alegria de descobrir uma fonte de conhecimento e esclarecimento tão fascinante, escrevo aos amigos espíritas de Carajás para conhecê-lo. É ai que minha amiga, aquela que foi conosco à Belém, me conta: - Noosssa, conheço ele demais, já tomou café lá em casa! Lembra aquela minha amiga de república que foi conosco à Belém? E eu respondi: - Qual, aquela com quem dei pitti? Lembro! E minha amiga dispara: - Essa mesma, ela é a esposa dele!
Ai, ai, ai, que mundo pequeno... fiquei passada. Agora estou apaixonada pelo marido dela (apaixonada pelo conhecimento que ele tem e vem nos oferecendo em suas palestras). Se pudesse estar com ela eu diria: - Ei “fulana”, será que você, e sua família, não querem fazer uma visita a minha família? Vou preparar um lanche para nós, com direito a Petit Gateau e pedido de desculpas pela minha grosseria de outrora.
Ô mundo pequeno... quase todo dia assisto uma palestra dele na internet, e além de prestar muita atenção nas lições reparo sempre na aliança, como se ela me lembrasse a tarde que fomos as Docas, em Belém!

domingo, 4 de setembro de 2011

Monstros S.A.

Você já assistiu a este filme de animação? O que pode falar dele?
E o Jornal Nacional, Tele-jornais em geral? Já assistiu? O que acha deles? Sobre o que falam? Já assistiu Cidades e Soluções, Ação, Globo Rural, Mundo S.A., Globo Universidade?
Posso estar enganada, mas acho que as respostas SIM para os telejornais serão quase que de 100%. Para o filme de animação alguns responderão que sim, assistiram, mais era só um “desenho animado” e alguns poucos, para não ser pessimista, digamos que metade dos leitores já assistiu aos outros programas questionados.
A onde quero chegar? O que eles têm em comum? Uns são como nós, a maioria da humanidade, só enfiam a cabeça na terra como avestruzes. Os outros são como os trabalhadores de boa-vontade, estão sempre em busca da transformação, da renovação. Sempre me impressiona a capacidade que temos de propagar e propagandear as notícias tristes, a violência, a corrupção e calar diante de notícias inovadoras, surpreendentes, boas na sua essência mais completamente diferente do “convencionado”.
Hoje, domingo, passou a segunda e última parte de uma reportagem sobre os Biodigestores. Uma nova forma de tratar os “dejetos” gerados pelos grandes rebanhos comerciais, sejam bovinos, suínos ou as granjas. Mais o que são “dejetos”? Nada mais do que cocô, bosta, caquinha, estrume... é, isso mesmo. Você, ser urbano, que acha que o leite nasce na caixinha e que nem imagina como é um toucinho de barriga, já havia parado para pensar que a grande quantidade de dejetos produzidos por essas criações é uma ameaça ao meio-ambiente e até contribui para o aquecimento global? Pois é, mas é a mais pura verdade. E aí vem o conhecimento, a tecnologia, o interesse e a iniciativa de algumas pessoas de boa-vontade, que não se contentam em apenas reclamar da vida e fazer sempre tudo igual e desenvolvem um processo (o tal do biodigestor) que transforma os dejetos, a caquinha, no bom coloquial, em energia, em biofertilizante e em equilíbrio ecológico, ao queimar o gás metano que iria para a atmosfera. Além destas conquistas que por si só, já seriam razão suficiente para que todas as propriedades produtivas tivessem seus biodigestores, ainda traz outro benefício: uma renda maior para o produtor (eles estão vendendo energia elétrica) e com isso o desejo das próximas gerações continuarem no campo. Sim, porque com qualidade de vida, retorno financeiro ao seu trabalho duro, consciência e manejos limpos no campo, beleza natural e ar puro o quê que eles vão fazer na cidade?
O que alguns podem não perceber é que a capacidade de gerar energia a partir do cocô (me desculpem se insisto na forma pejorativa e popular do termo, mais só ela pode dar a dimensão do contra-senso que a humanidade se lança) é uma opção para, senão substituir as outras formas de produção de energia no mundo, pelo menos complementa-las. Estão alcançando a dimensão disto: no Brasil temos apagões, no Japão crise por causa da contaminação nuclear, no oriente médio guerras sangrentas por causa do petróleo, em Belo Monte discussões infinitas entre os impactos ambientais da construção de mais uma hidroelétrica e seus benefícios? Eu sei que não entendo quase nada de hidroelétricas, indústria do petróleo, ou energia nuclear, mais tenho certeza absoluta que sempre há uma forma mais limpa, ecológica, lógica e cristã para todos os processos que existem na Terra. O problema é que a humanidade ainda pensa que é descendente dos avestruzes e estão sempre buscando os caminhos mais difíceis, violentos, poluentes, menos eficientes para dar forma e movimento aos seus orgulhosos e vaidosos egos-criadores. Porque não sabíamos que cocô poderia virar energia há mais tempo? Porque tivemos que ir buscar este conhecimento depois de quase destruirmos o ecossistema terráqueo e quase findar com os recursos naturais do petróleo? Se os dejetos podem virar energia, quantos outros paradigmas e formas diferentes de se produzir, se relacionar com o mundo, com o próximo e com nossas próprias dores e doenças , existem e estamos ignorando, no sentido literal da palavra: desconhecer; ou ignorando, no sentido pejorativo da palavra: sendo burros para não ver o que é óbvio?!?
Vocês podem perguntar agora: Tá... entendi, mais porque o filme Monstros S.A. está misturado aqui?
Vocês lembram da história dele? Os bichos-papões do nosso inconsciente coletivo seriam na verdade aliens que precisam vir a Terra assustar e produzir o pânico nas crianças para obter energia produzida pelo susto e pelo medo das crianças, abastecendo assim seu mundo com energia. Contudo, um belo dia um monstrinho simpático, que depois de muitas confusões e situações engraçadas, descobre que a energia do riso é três vezes mais poderosa que a energia do medo. Claro que depois te uma tentativa de manter este segredo bem guardado, a qualquer custo, para não atrapalhar seus investimentos, o dono da empresa geradora de energia baseada no medo é descoberto,  desmascarado e punido. E todo aquele planeta reformula sua forma de gerar energia e são felizes para sempre! (e as crianças da Terra também, já que os bichos papões não mais existirião).
Fica então a pergunta que não quer calar: Quando vamos descobrir os caminhos do amor, do convívio, da partilha, da fraternidade, do perdão e deixar de lado os caminhos do egoísmo e do orgulho?
Todos precisamos quebrar paradigmas todos os dias. Grandes ou pequenos. Em âmbito individual ou coletivo. Eu quero passar de avestruz a trabalhadora de boa-vontade. Você quer?

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Hipermercado

Lembro-me do tempo dos mercadinhos de bairro, apesar dos meus poucos 38 anos, e das registradoras que pareciam máquinas de escrever. Já naquele tempo, ir a um supermercado maior, como a Casas Sendas de Nova Iguaçu, era um passeio para mim.
Na minha infância, ia passar feriados e férias na casa da Tia Bicila. Ela morava numa casa de vila no Cachambi, e todos os dias ela ia ao CB (Casas da Banha) e voltava com uma ou duas sacolas de papel, além de visitas constantes a um botequim ou “venda”, não lembro ao certo, bem perto da vila, onde ela comprava presunto fatiado na hora, um pedaço de queijo parmesão (que a Rida, tia de criação e que morava com tia Bicila) iria ralar em casa além dos guaranás e sodas-limonada que eram vendidos em cascos de vidro “retornáveis” (claro que naquela época não tinham esse nome, pois não existia outro tipo, logo não precisavam de nome).
Mais tarde fui morar em Carajás e tive que me contentar com todos os dois grandes mercadinhos de lá. Resultado: quando ia de férias para uma capital, entrar num hipermercado, um Carrefour, por exemplo, era como se eu estivesse num shopping, mesmo que estivesse só de acompanhante era um deleite, passear pelas gôndolas que tinham de roupas à sacos de arroz. Isso sem falar na alegria de poder ir numa Lojas Americanas...nuuu bão di mais! E assim passei algum tempo por lá, entre Alvorada e Sul Carajás e passeios alegres, nas férias, a grandes e modernos hipermercados, passeios que não tinha tempo para me estressar com algo ou identificar defeitos pois estava ocupada demais descobrindo as novidades tecnológicas e outras coisas que não conhecia. Coisas do tipo: ficar procurando a balança na área de hortifrutigranjeiros e depois de alguns minutos descobrir que era no caixa, ou descobrir os leitores de códigos de barra para consultar o preço, etc.
Mais aí o tempo passou de novo e cheguei à Campos. Descobri que tinha um Walmart, nem esperei muito para ir lá, acho que fui logo no primeiro final de semana na cidade. Ainda tinha cara de passeio, queria ver como era, se era hiper, se tinha balança no caixa, se vendia de pneu a farinha de mandioca. E era. Tem até um Café na entrada, lojas  como O Boticário e drogaria e um quiosque o Bob’s do lado de fora. Uau, alegria, estava morando numa cidade com um hipermercado. Hoje, alguns meses depois da chegada ele já não é mais considerado um passeio, e já tenho tempo para reparar em outras coisas, como as filas que não andam. É fácil passar uma hora na fila do caixa. Um sábado, estávamos todos nós com as barrigas roncando e o carrinho cheio numa fila que não andava, resolvi eu e Gu, meu sobrinho, ir ajudar a empacotar as compras dos clientes do caixa que estávamos. Sim, porque depois de 2 segundos de observação percebemos que o motivo da demora nas filas era o empacotamento das compras. É caros amigos, tem leitor de código de barra, tem lojas na entrada, vende de um tudo, mais não tem “a moça que guarda as compras”. Assim que eu e Gu começamos a empacotar as compras duas coisas aconteceram. A primeira era que nossa fila andava mais que as outras e todos não entendiam e a segunda é que os clientes que estavam no caixa não entendiam muito bem o fato de nós estarmos ali fazendo aquilo. As vezes eu até achava que eles pensavam que eu queria “desviar” algum produto. Então a cada novo cliente eu perguntava: - Com licença, posso ajudá-lo empacotando suas compras? É que estamos com pressa e assim à fila andará mais rápido. Eles faziam uma cara menos desconfiada e consentiam. Assim foi até chegar nossa vez na fila, alguns minutos depois. Isso aconteceu de novo hoje. Lá estávamos nós, com carrinho cheio, barriga vazia e fila parada. Desta vez Gu e Flávia não estavam conosco e resolvi ir ajudar no empacotamento sozinha mesmo. De novo as caras desconfiadas e eu pedindo para ajudar. Uma senhora perguntou se eu era funcionária, respondi que não, se eu era voluntária, respondi que de certa maneira sim. Estava na mesma fila que ela e com um pouco de pressa por isso resolvi ajudar para a fila andar. Como a cara da dona não mudou muito, com ela resolvi que deveria apenas abrir as sacolas plásticas e não empacotar. Aí, comecei a pensar em como somos bobos. Uns me achando a madre Tereza das empacotadoras, outros enclausurados nas suas cismas e falta de fé na boa vontade em ajudar, e eu por minha vez, na dúvida se estava sendo “boazinha” ou apenas egoísta, afinal meu objetivo final era sair dali e não ajudar. Mais percebi que até quando estamos agindo em nosso favor podemos também ajudar os outros. Porque então, insistimos em só olhar pro nosso umbigo? Porque não podemos escolher o caminho da cooperação? Sem necessidade de rotular em boazinha ou egoísta. Apenas interagir ao invés de ficar na concha da ostra?

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Equilíbrio e Disciplina

Tem um programa de TV que faz sempre as mesmas perguntas para os famosos. Uma das perguntas é: qual a palavra preferida deles? Muitos respondem AMOR. É a mais fácil, é a mais politicamente correta para se responder na lata quando não temos uma filosofia de vida, valores a seguir ou uma religião para iluminar nossos caminhos. E não tem nada de errado com a palavra. Ela é realmente muito importante. Mas se a pergunta fosse feita para mim eu não poderia responder com apenas uma palavra. Como (pelo menos) no blog mando eu, vou contar para vocês as minhas duas palavras preferidas.

A primeira é EQUILÍBRIO: Sem equilíbrio nenhuma outra palavra fica inteira. Vou tentar explicar meu pensamento. Vamos usar alguns exemplos:
Amor – teoricamente uma palavra que só trás idéias positivas, coisas boas, mas se ele for em demasia torna-se perigoso. Torna-se possessivo, um amor que não liberta. Tentar possuir um marido, uma esposa, um filho, uma mãe, seja quem for não é amor. É amor sem equilíbrio. É paixão. O amor, como Cristo nos exemplificou e pediu precisa ser equilibrado, manso, paciente, libertador.
Fartura – outra palavra que muitos desejam, mas que novamente sem equilíbrio trás conseqüências desagradáveis. Muito dinheiro sem equilíbrio pode virar ganância ou sovinice. Muita comida sem equilíbrio vira gula, doença, colesterol, barriga, obesidade, etc.
Ideal – ideal é algo que move a humanidade para frente, é o sonhador que vislumbra algo novo e o persegue. Idealistas fizeram, e fazem, progredir o mundo através das ciências, religiões, filosofias. Mas ideal sem equilíbrio vira fanatismo, vira guerra, vira autoritarismo.
Conhecimento – eu sou a primeira a defender o conhecimento, sem ele não crescemos, não podemos salvar a nós mesmos. Mas quando damos importância só ao conhecimento intelectual corremos o risco de nos tornarmos pretensiosos, orgulhosos, corremos o risco de esquecer que o Homem além da razão é também emoção. Se o filosofo disse: Penso logo existo. Eu arrisco dizer: Amo logo sou cristão. Ninguém voará até o Pai Celestial apenas com a asa da intelectualidade, precisamos das duas asas desenvolvidas: a do conhecimento e a do amor.
Acho que vocês já pegaram a minha linha de raciocínio, não é?! Tudo que somos, que fazemos, que queremos tem de ter equilíbrio, sem ele com certeza cairemos da corda bamba, e nem sempre temos rede de proteção embaixo.

A segunda é DISCIPLINA: Conquistar o equilíbrio nos nossos pensamentos, atos e escolhas do dia-a-dia é tarefa difícil. E tudo que é difícil deixamos para depois. Vamos postergando para ver se some como num passe de mágica. Preferimos as coisas fáceis, prazerosas, as “portas largas”. Coisas que nos exigem sacrifício, atenção, esforço, que não trazem prazer só poderão ser resolvidas e superadas com disciplina. A disciplina precede o prazer, a satisfação.
É a disciplina que me leva a musculação, é a disciplina que me faz cozinhar, é a disciplina que me faz dizer não para um pedaço de bolo de chocolate (com sete camadas, lembram?). É a disciplina que me faz comer chuchu. Porém foi a disciplina que me fez começar a ler. Foi a disciplina que me fez começar a estudar inglês.
Se não conseguimos fazer algo por prazer, façamos por disciplina. Ela aos poucos vai transformar aquela ação em hábito. E hábitos são repetidos automaticamente, e se são automáticos não tem tempo para serem penosos. Então pense com o quê você está empregando sua energia disciplinadora, o quê você está transformando em hábito na sua vida. São coisas saudáveis? São coisas virtuosas? Ou são nocivas para você ou para o próximo?
Caros amigos, roguemos a Deus nos conceda Equilíbrio e Disciplina.

Expanda-se

Embora no corpo físico o sentimento seja representado pelo coração e a razão seja representada pelo cérebro, a cada dia que passa vou fortalecendo a teoria de que no campo espiritual esta separação é impossível. Para que nosso espírito evolua, precisamos de um “cérebro pulsante” ou um “coração pensante”. A vida material me deu um irmão e uma irmã.
Quando eu era menina (ontem praticamente), era muito tímida e reservada. Só fiz uma irmã naquele tempo. Se ela faltasse à aula eu não tinha ninguém para conversar no recreio. O tempo se passou e depois que cheguei à Carajás e aprendi a expandir meu conhecimento através do estudo da Doutrina Espírita, sem me dar conta, percebi que meu coração também tinha se expandido. Hoje conto com mais oito irmãs (incluindo aquela primeira do primário) e quatro irmãos.
Um dia seremos capazes de nos expandirmos como uma Tsunami, e não conseguiremos mais separar os amigos dos irmãos. Abrir a mente para as luzes do conhecimento cristão também é muito contagiante. Ao vestirmos a roupa da boa-vontade, da disciplina e do auto-conhecimento tudo a sua volta vira lição. Um filme, uma piada, um livro, um comercial, uma novela. A todo o momento temos olhos de ver e ouvidos de ouvir lições cristãs. Há algum tempo assisti a um filme que me abduziu. O nome em Português era “O primeiro da Classe”, e contava a história verídica de um americano que superou a síndrome de Tourette. Quando falo que ele superou a doença, não quis dizer que ele ficou curado, pois essa doença não tem cura. Mas que ele superou mágoas e problemas que a doença trouxe e construiu uma vida feliz, constituiu família e alcançou objetivos. Eram quase três horas da manhã e eu chorava como bebê ao final do filme. Eram tantas as nuances, tantas lições para se tirar dali, tantos desafios, pequenos e grandes, que o filme me abduziu a ponto de só conseguir escrever sobre ele quase três meses após assisti-lo.
Queridos amigos, a busca pela palavra de Deus, o espírito da boa-vontade e a prece não abrem só o terceiro olho, como diriam os místicos, mas expande-nos infinitamente!

Uma escola chamada DOR

Era uma vez um ratinho que vivia feliz em grande casa de fazenda. Certo dia, o fazendeiro chegou em casa com um gato e o firme propósito de dar fim no ratinho. Grande perseguição seguiu-se durante horas, no melhor estilo Tom e Jerry. Até certa hora que o ratinho fugindo para o curral pediu ajuda a Sra. Vaca: - Me esconda, Dona Vaca. O gato está querendo me comer!
A vaca respondeu que não podia fazer nada, ela era só uma vaca. Ele insistiu e a Sra. Vaca teve uma idéia. Levantou o rabo, e sem cerimônia despejou farto monte de estrume e disse: - Corra, esconda-se aí dentro.
O ratinho, entre o nojo e o medo, falou: - Mas Dona Vaca, me esconder na bosta?!?
Dona Vaca respondeu: Bem, é você quem decide ...
O ratinho ouvindo os passos do gato que estavam mais próximos, olhou para aquele monte de M ...., tomou longo fôlego e pulou. O gato entrou no curral e começou a procurá-lo. Olhou debaixo da orelha da D. Vaca, debaixo do coxo de comida e nada.
- A onde está aquele rato, D. Vaca, fale logo, eu o vi entrando aqui! Perguntou o gato.
- Não vi rato nenhum, sou só uma vaca. Respondeu D. Vaca. Neste momento o ratinho já quase sem fôlego, levantou a cabeça, soltou um pio, tomou novo fôlego e voltou a mergulhar na M.... . O gato atento ouviu e falou: - Ahraamm, achei! Meteu a mão puxou o rato, deu bruta sacudidela para limpar a “cobertura” e engoliu-o de uma só vez.
Moral da história
Nem todo mundo que te joga no estrume, quer seu mal. Nem todo mundo que te tira do estrume quer seu bem. Mais uma vez dentro do estrume não pie!!!!
            Apesar de descontraída, e até um pouco trash, a moral da história traz grande ensinamento do Evangelho do Cristo: “Bem aventurados os aflitos, porque eles serão consolados.”
Quando lemos ou ouvimos conselhos para bendizer o sofrimento e as dores que o mundo e a vida nos impõe respondemos: Está falando isso porque não está doendo em você.
Mas posso afirmar para vocês, a dor e o sofrimento são escolas benditas. Se você venceu muitas lutas na vida, se tem cicatrizes, bendiga-as, pois foram elas te levaram ao caminho da vitória. Elas foram placas sinalizadoras que você soube suportar, soube ler e caminhar em frente. Mais quando o sofrimento nos bate a porta e respondemos com lamentações, injurias, revolta, inconformação, tapamos nossos olhos, ouvidos e razão para as placas sinalizadoras, os limites que oferecerão segurança e além da dor parecer mais doída ainda teremos que passar por tudo aquilo de novo. É como o aluno que não aproveita seu tempo durante o ano letivo e precisa no ano seguinte fazer tudo de novo. Bendizer a dor não é conformar-se. A indiferença, a apatia, a preguiça e a vitimização são tão prejudiciais quanto a revolta. Elas também jogarão espessa cortina de fumaça em nossas mentes. Para sermos aprovados na escola da dor precisamos aprender com os cadernos da resignação, paciência, fé, esperança, prece, coragem e confiança em nós e no PAI Maior, que sempre sabe mais e nos conhece melhor que nós mesmos.

Desejo e Necessidade

Nem sempre o que desejamos é o que é necessário para o nosso bem. E quando entendemos e colocamos nas mãos do PAI, com confiança e fé, o nosso futuro, temos de estar preparados e maduros para conhecer os caminhos da necessidade e abdicar dos caminhos dos desejos.
Porém, às vezes DEUS nos concede nossos desejos. Nesses casos precisamos pedir para receber também a sabedoria. Sim, sabedoria para poder caminhar sobre as satisfações realizadas sem se esquecer dos compromissos assumidos, das dores do vizinho, da caridade e da fraternidade.
O grande problema da alma humana é o egoísmo. Se ela está matriculada nesta vida para aprender através da necessidade se julga vítima, injustiçada e entrega-se a revolta, esquece que a dor existe também em outros lares, acha que só ela sofre, só ela é infeliz e injustiçada. Mas, se está matriculada nesta vida para aprender através dos desejos realizados, esquece que tudo que recebe é temporário. Que são riquezas materiais, físicas, que ficarão na Terra e, adormecidas pela fartura e contentamento não transformam as riquezas materiais em riquezas espirituais.
Queridos amigos, devemos combater o egoísmo dentro de nossos corações. Ele é um mestre em disfarces e às vezes o chamamos de amor próprio, brio, preconceito e etc. Devemos meditar longamente sobre nossas ações, nossas escolhas, com sincera coragem, para conseguir enxergar que algumas não passam de egoísmo e orgulho.
Alguns de meus desejos já se realizaram, outros não foram atendidos. Atualmente tenho dois pedidos no topo da lista (pelo menos da lista de curto prazo – claro, porque tenho os pedidos para longo prazo também!! Você não tem?) um refere-se a toda a minha primária família, e outro refere-se mais diretamente a mim. E passei a pedir assim:
PAI concede-me a graça deste pedido e junto dele a sabedoria e disciplina para desfruta-lo de acordo com as leis do bem e da caridade, e muita coragem, resignação e paciência para enfrentar a vida se ele não for atendido.

O Príncipe e o Plebeu

Uma principesca oportunidade nos catou de surpresa um dia desses proporcionando a mim, e parte da minha família buscapé, à conhecer o Copacabana Palace Hotel. Sim, senhor... o mais charmoso e famoso hotel de Copacabana teve o privilégio de receber ilustres iguaçuanos, paraenses e cariocas da clara!
E foi no banheiro da piscina do Copa, como intimamente decidi chamar o hotel, afinal já nos conhecemos pessoalmente ... Aí que loucura! Como diria Narciza, a vizinha!! Que percebi que eu e os banheiros temos boas histórias para dividir com vocês.
Mas para entenderem todas as minhas divagações no banheiro da piscina do Copa, é preciso primeiro falar de outros que conheci por aí. Os banheiros plebeus. O primeiro de que me lembrei foi de um banheiro na estação de travessia da balsa, em São Domingos do Araguaia. Era tão precário, de madeira e sujo, que decidi levar meu filho mais novo para fazer número 1 no “matinho” mesmo. Já visitei outros banheiros plebleus, como os de rodoviárias, mais acho que nenhum supera os banheiros das paradas de ônibus do interior do norte e do nordeste. Já viajei de busão entre Rio-Maranhão, Rio-Carajás, Maranhão-Rio Grande do Norte e as paradas escolhidas pelas empresas de ônibus nos fazem pensar que o critério de escolha seja algo do tipo: o pior que conseguirmos. Outro banheiro TOP no ranking dos plebeus foi o que achamos numa viagem entre Carajás (PA) e Macau (RN). Depois de mais ou menos 12 horas de viagem de trem partindo de Carajás (sem comentários sobre o banheiro do trem!) chegamos a Imperatriz as 18 hs onde devíamos esperar o ônibus para Fortaleza que partiria dali as 23 hs. Sophia, então com 2 anos e eu grávida de João, estava cansada e muito suada pois o calor era grande. Resolvi procurar um lugar onde pudesse usar um banheiro para dar um banho nela e prepara-la para conseguir enfrentar mais umas 12 hs de viagem até o destino final. Em frente a rodoviária de Imperatriz achei um “hotel”, se é que aquela pensão merecesse o nome de hotel que estava na placa da fachada. A proprietária/recepcionista foi muito atenciosa e eu expliquei minha intenção. Ela mais que depressa me levou até o quintal, me apresentou ao tanque e a cuia e disse: - Fique a vontade minha filha, pode dar banho no seu bebê. Eu não me fiz de rogada, e Sof adorou a água bem geladinha do “banho de cuia” que custou bem baratinho. Claro, não é porque o banho era no tanque que seria de graça, né. Troquei roupa, fralda e ela ficou renovada. Marcello quase chorava diante do quadro, que era para ele dramático e para mim hilário e refrescante!!! Posto isso, acho que já me fiz clara para que vocês entendam minha completa falta de simpatia, quase raiva, ao ler o relato num blog de “patricinhas muderninhas” sobre a falta de lugar para apoiar a “bolsa tipo carteira” num banheiro de um restaurante 5 estrelas do Rio de Janeiro. No texto ela criticava o restaurante pela falta de preparo da direção em adaptar seus banheiros as tendências da moda feminina. Fala sério ... apoio para a bolsa-carteira Prada, LV ou sei lá o quê da patricinha?!! Minha filha se você estivesse apertada mesmo, tenho certeza que essa preocupação não passaria pela sua cabeça.
Antes de voltar ao banheiro do Copa, tenho mais uma sobre banheiros de rodoviária. Lá pelos idos dos anos 80, quando eu era um lindo bebê de 1 ou 2 anos (qua qua qua, não acreditem nesta matemática) estávamos indo, eu, minhas primas e titia do Rio para São Paulo. Naquela época, era comum pegarmos o ônibus da meia-noite saindo do Rio. Como era inverno e chegamos em SP muito cedo, o frio era intenso. Eu dormia como o anjo que sou (qua qua qua) no colo da minha tia. Enquanto esperávamos minha madrinha chegar para nos apanhar, titia resolveu esperar sentada numa cadeira que ela encontrou dentro do banheiro, pois era o lugar mais quente dali. Foi aí que as outras pessoas ao saírem do banheiro, olhavam para minha tia e eu dormindo e deixavam ao lado dela dinheiro. Peennnse na cena!!
Voltando ao banheiro do Copa. Nós, cidadãos comuns, conhecedores das realidades mais duras de nosso país, imaginamos um banheiro de piscina sem requinte, pisos e revestimentos resistentes à água e espaço moderado. Ledo engano, caro plebeu. O banheiro da piscina do Copa, é espaçoso, sem um azulejo (acho que era papel de parede), pufs estofados e com mais espelho que quarto de motel. Isso sem falar das toalhinhas individuais de algodão, muito bem dobradas e arrumadas dentro de cestas de vime para as princesinhas secarem as mãos. É amigos, nada de papeleira com papel-toalha e recadinho “duas folhas bastam para secar as mãos”. Isso é coisa de pobre. Ou melhor, de plebeu!

Copacabana

“Copacabana princesinha do mar...” canta os versos de famosa canção!
Mas na verdade Copacabana está mais para Rainha Mãe! É o bairro preferido dos cariocas velhos, ou dos velhos cariocas.
Eu mesma, uma carioca da clara, se pudesse escolher viveria minha velhice em Copacabana.
Pintaria os cabelos de um azul-roxeado (para manter a tradição das ‘velhas cocotas’ do bairro), Marcello vestiria uma sunga moderninha, com um MPsei lá que número no ouvido e sairíamos fazendo caminhada pelo calçadão toda manhã. À tarde eu reclamaria das coisas que ele espalhou, escreveria besteiras no meu blog, falaria no skype com meus filhos, que estariam desbravando o mundo, 3 vezes por semana iria para a academia e nos outros 2 dias iria para a aula de yoga e meditação. Marcello, isso deixo a escolha dele, mais não me surpreenderia se ele fosse tirar uma sonequinha. À noite, nos dividiríamos entre trabalhos e reuniões da Doutrina e as excursões de ‘melhor idade’ para o circuito cult e teatral da cidade. Ôh ... como diz o samba: “sonhar não custa nada, nosso sonho é tão real ...”
Bom, voltemos ao tema principal.
Se a Amazônia é uma perfeita amostra da biodiversidade. Copacabana é uma perfeita amostra da ‘biodiversidade humana’. Como disse uma vez Luciano Huck: - Se Copacabana fosse cercado seria um manicômio, e se fosse coberto seria um circo.
Quando ouvi isso achei que era uma boa definição para o bairro. Por lá encontramos todos os tipos. Os feios, os bonitos, os ricos, os pobres, os heteros, os gays, os pans, os brasileiros, os gringos, os malandros, os trabalhadores, os surfistas, os pregadores evangélicos, os assaltantes e os assaltados. Lá podemos encontrar todas as tribos, tudo isso regado a “eau de toilette xixi de cachorrô", os de madame com sapatinho ou os vira-latas, afinal Copacabana é democrática, pluralizada. Todos vivem e convivem numa harmonia desarmonizada que resiste ao improvável e ao tempo e coloca o nome do bairro em todos os encartes de turismo da cidade maravilhosa.
A diversidade de Copacabana não está só nos tipos, nas raças de cachorros, está também nos sotaques: O nordestino, o carioqueixxs (vale um adendo: tem o sotaque do carioca playboy, do suburbano que foi para zona sul e do carioca mermão das comunidades), o inglês dos gringos, o inglês das meninas e meninos da profissão mais velha do mundo, o inglês dos orientais (tem certeza que eles estão falando inglês?!), e claro o portunhol dos garçons, taxistas e moradores em geral que não acham, tem certeza que sabem “hablar espanhol perfectamente”, todos os sotaques juntos na mesma roda de bate papo.
Entre todos os sotaques um é clássico para mim. É o retrato das areias de Copacabana e a onde eu estiver e alguém gritar:
- Oh Globo! Oh biscoito torrado! Doce e Salgado!
- Mate! Mate! Oh Mate limão! Oh mate geladinho! Quem vai???
Na mesma hora vou-me tele-transportar para a princesinha do mar ....

sábado, 9 de julho de 2011

Cenas Cariocas

Cena 1: O Brasioca
Cenário: Cinelândia

Assim com eu, uma carioca desgarrada, que um dia passeava pelo centro do Rio com os pensamentos a voar, apresento-lhes agora o Brasioca, esse carioca de nascimento que expandiu seu coração e experiências para todo o Brasil, dobrando esquinas do Oiapoque ao Chuí. E lá está ele, o mesmo olhar blasê para a paisagem urbana, o mesmo sentimento nostalgicamente alegre de rever aqueles lugares, de rever outros cariocas, de nascimento ou não, indo e vindo apressados, sem dar importância para a cidade ou o cenário, para a beleza daquele lugar. Sem ligar para a história do Odeon, para a malandragem do chopp com frango a passarinho do Amarelinho ou para a cultura e imponência do Teatro Municipal e da Biblioteca Nacional. E ainda tem o Cordão do Bola Preta, que sai dali de pertinho, no carnaval. Ser carioca é isso, é amar essa cidade  apesar de seus defeitos e bueiros voadores. É continuar carioca, mesmo que não se viva mais lá.
Mas o carioca, de nascimento ou não, que vive na cidade, não está preparado pro frio. Ele está acostumado com a temperatura para shorts e havaianas, e quando faz um ventinho mais frio, digamos lá pelos 20ºc a cariocada, de nascimento ou não, se encasaca toda. Tiram jaquetas e botas empoeiradas dos armários e andam mais agassalhados que pincher de madame no inverno paulistano. Ô povo engraçado (e exagerado)!!

Cena 2: Os cariocas, nascidos no nordeste brasileiro
Cenário: Uma rua do Flamengo

Como já disse, para ser carioca, não precisa necessariamente ter nascido no Rio. Muitos viraram cariocas. E no Rio existe uma mania coletiva de chamar os nordestinos de “paraíbas”. Mesmo que eles sejam baianos, sergipanos, cearenses, etc. E, é claro, que isso incomoda os nordestinos, e não tiro a razão deles, pois afinal assim como nós, eles também querem ter sua identidade cultural reconhecida e esta generalização soa pejorativa. Mais para os nordestinos que se sentem ofendidos por este apelido a cena a seguir será difícil de assimilar ou classificar: Numa rua do bairro do Flamengo, conversam, na frente de um prédio, dois senhores que pelas características físicas e sotaque deixam claro que são nordestinos. De repente, passa por eles um outro, esse um rapaz mais jovem, exibindo um bem penteado topete moicano à la Neymar. Um dos senhores vira pro outro e dispara: “- Olha lá, fulaninho, aquele paraíba, com moicano, não tem nem vergonha, deve tá achando que é o Neymar, maisxxs rapá, num tô dizendu!”
Agora me digam, esses dois senhores, que muito provavelmente são nordestinos de nascimento, são ou não são cariocas?!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Eu fui ao Circo

Quem não tem Cirque du Soleil vai de Big Brothers Circus mesmo.
É, hoje eu fui neste circo com as crianças. Antigamente as atrações principais dos circos eram os animais. Claro que tinha mágico, palhaço, trapezistas. Mais se não tivesse os bichos são era circo. Tinha de leão a cachorro poodle se apresentando. Hoje em dia, felizmente para os bichos, as atrações principais são mesmo as habilidades dos homens. E a habilidade que mais me encanta nos circos pequenos que resistem corajosamente é o papel “1001 utilidades” de seus artistas. No que fomos as três primeiras atrações tinha como protagonista o mesmo artista. Na primeira ele veio de malabarista, na segunda ele era o palhaço castanhola e, na terceira era o homem pássaro. Apesar das apresentações terem sido muito boas, a curiosidade maior da Sophia foi como ele trocou de roupa e tirou a maquiagem do palhaço tão rápido.
As dançarinas são outra atração a parte. Os colantes são puídos ou com pequenos rasgos, sutians aparecendo, mais elas estão lá, além de dançarinas são auxiliares dos malabaristas, ajudantes em geral e vendedoras nas barracas de batata frita e algodão doce na entrada e na saída dos espetáculos.
Particularmente, neste circo tinha outra figuraça. O apresentador. Não descobri se ele era um típico índio amazônico ou se boliviano sem sotaque. O cara era uma figura, um “gomex” no cabelinho, o figurino, o sapato bicolor ... era tudo muito engraçado. E o discurso, a forma de apresentar?!
Tirando o lado pitoresco da coisa, e figurinos rasgados, rendo meus aplausos a esses artistas. São corajosos e talentosos, se arrojam em plataformas, apresentações e multi-funções sem ter por traz a rica e mega-infraestrutura dos grandes circos. Ser Cirque du Soleil com ingressos (os mais baratos, lá no fundão) de 300,00 reais é fácil. Difícil é manter o picadeiro iluminado, fazendo 3 sessões diárias, onde cada artista tem mais de uma apresentação por sessão, cobrando 20,00 por adulto da cadeira colada ao picadeiro. Isso sim é artista! Mais como dizem: o espetáculo não pode parar!

Musculação

Reforma Intima e musculação! Em minha opinião há similaridades e a maior é que ambas são difíceis e necessárias. Não vou tratar aqui da reforma intima, já tenho escrito bastante sobre isso. Meu assunto hoje, então, é a musculação. Disse o médico de um programa de TV que a musculação libera endorfina, um hormônio que nos traz a sensação de satisfação, prazer. Igual ao que faz um pedaço de bolo de chocolate, e por isso ele conclui: musculação pode substituir o bolo de chocolate... Ô Carlinhos! (legenda para quem não entendeu: Ô mentira!) Vá lá que “hormonalmente” falando, essa afirmação esteja certa, mais daí a igualar o prazer do bolo de chocolate (bem molhadinho e com sete camadas . kkk) ao dos exercícios na academia, tenha santa paciência, né!
Ainda não entendo bem essa história de musculação trazer prazer. O que encontrei até agora na musculação foi a disciplina (para ir a aula) e a sensação de dever cumprido (quando a aula acaba). Será que essa sensação de: Ufa! Missão cumprida! – È a tal da endorfina se espalhando pelo meu organismo?
Seja como for, prefiro deixar cada um no seu devido lugar. Traz um pedaço de bolo de chocolate que amanhã tenho outra aula de musculação para ajudar a queimar essas prazerosas calorias adquiridas......

segunda-feira, 6 de junho de 2011

AMOR

O que vocês pensaram ao lerem o título deste texto?
No amor entre homem e mulher? No amor entre irmãos? Ou no amor maternal/paternal? Este último, talvez, seja o que mais se aproxima do AMOR de que estou querendo falar. As lições estão por toda a parte:
ü   Na cultura popular: Gentileza – Gera – Gentileza, escrevia o poeta nos muros do Rio de Janeiro.
ü   Em frases famosas, repetidas em redes sociais ou campanhas publicitárias: “Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito.Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver. (Dalai Lama).
ü   Nas incontáveis recomendações de JESUS CRISTO, escolhendo porém apenas uma: “Ame a teu próximo como a ti mesmo”.
A verdade é que a grande maioria da humanidade, e não excluo aí nenhum país ou crença religiosa, não pode ainda compreender esse tipo de amor que o CRISTO nos recomenda.
Estamos ainda presos a lentes que nos embasam a visão; isso quando não estamos, mesmo, é de óculos escuros! São as lentes do nosso ponto de vista orgulhoso, egoísta, infantil.
Vocês podem rebater: - Agora ela exagerou! Eu? Eu sou justo, eu compreendo o que é esse amor. Será?! Vamos testar: Consegue perdoar o assassino do seu vizinho? E se fosse o assassino do seu filho? Responderíamos, pelo menos a grande maioria, que não. Peraí né, de filho também não! Afinal você mesma começou dizendo que o amor de pai e mãe é o mais próximo do amor que DEUS nos pede?! Como perdoar alguém que tirou meu filho?
Repararam no ... “que tirou meu filho”? O que é isso, senão egoísmo? É forte pensar nesses termos, eu sei. Mais quando o CRISTO nos pediu para perdoar 70 vezes 7, ele fez uma escala dos crimes, algo do tipo: os perdoáveis e os não perdoáveis?
Vamos pensar noutra situação: Não julgue para não serdes julgados. Esta é a recomendação. E o que fazemos? Comprazemos-nos com jornais e revistas, aumentando suas vendas, para saber cada mínimo detalhe do último crime eleito pela mídia como o da vez, como as Isabelas, Eloás, Joanas, João Hélios. Precipitando-nos no julgamento e condenação. Não quero aqui defender ou isentar o criminoso. Não, longe disso. Eles terão que pagar sua dívida, e não só aos homens, mais acima de tudo A LEI. A lei de Deus, a lei da natureza, a lei de Causa e Efeito, dêem o nome que quiserem dar. Ao ferir o irmão nos colocamos contra a LEI e ela irá achar o caminho do ajuste, sem que seja preciso nos colocarmos na posição de juiz e carrasco. É claro que vivemos num mundo imperfeito, e outras leis, as humanas, precisam existir e serem obedecidas. É assim deste os tempos de Móises, onde ele precisou de muitas outras leis além dos 10 mandamentos para manter o povo sob o mínimo de ordem. Porém segue mais uma frase que conheci nas minhas leituras: A constituição é o código de evolução de um povo. Se ainda precisamos de polícia, juizes, repórteres, editores, cuidemos então para não pesarmos a mão e nos igualarmos aos criminosos. Que possamos nos lembrar sempre de que os “criminosos” são apenas irmãos enfermos, doentes da alma. Que desconhecem, ainda mais que nós mesmos, as LEIS DO AMOR, pois se eles conhecessem, não estariam se colocando em posição tão difícil. Isso mesmo, difícil... porque quanto mais agredirem a LEI, mais dolorido e penoso será o caminho de volta. E, se a treva é a ausência de luz, ela só existirá até o dia em que a luz se fizer presente. E ela fará, não duvidem, ela fará! Comecemos nós então a buscar a luz para dentro de nós. Conheça a ti, aconselhou o filósofo, pois só assim descobriremos a onde a luz não chegou.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Bonitas Frases

"Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras;
Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos;
Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter;
Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino".


"O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário."

"Preocupe-se mais com a sua consciência do que com a sua reputação. Por que a
sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de
você. E o que os outros pensam, é problema deles."
Bob Marley

"O segredo é não correr atrás das borboletas e arrumar seu jardim para que elas venham até você, no final você vai encontrar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você."
(Mario Quintana)

"A preocupação olha em volta, a Tristeza olha para trás, a Fé olha para cima."

“As flores murcham, os palácios caem, os impérios desintegram-se. Só as palavras sábias permanecem .”
(Edward Thornlike)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Ponto Negro

Queridos amigos,
o texto a seguir não é meu. Porém ao recebe-lo tive vontade de compartilhar com vocês pois achei extremamente relevante.
Bjs, Francy

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O PONTO NEGRO
Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago. Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume. Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha. Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha. O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
 - Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha. Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vida. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos para comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro! O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.

domingo, 22 de maio de 2011

Cobrança

Nunca queremos ser cobrados por nossos defeitos ou imperícias. Quando a cobrança vem de alguém que também não domina aquela técnica, a cobrança é indevida? Meu orgulho e egoísmo dizem que sim, e, respondo na lata: aprenda e venha fazer melhor, assim não precisarei fazer mais. Mas minha razão sabe que não é tão fácil, tão simples assim. É válida tanto quanto à cobrança do expert. Afinal se até o não expert está vendo os erros...
Mas não é essa a questão que vem me incomodando: o fato de que ainda não consigo ouvir a cobrança! Até porque reconheço que, nesse aspecto, caminhei um pouco. Antes não ouvia nem a introdução da frase. Agora consigo ouvir calada 50% delas. Não estou falando de um silêncio do tipo: não estou nem aí (entrou por aqui e saiu por ali)! Estou falando de um silêncio respeitoso, de saber que preciso ouvir aquilo. Mais e os outros 50%? Aqueles que respondo, malcriadamente, na lata?!
Bom, é por isso que estou aqui a refletir sobre eles e ver se chego a um caminho que efetive minha vontade de mudar em mudança.
Acho que está aí o ponto central do meu incomodo: se quero mudar (verdadeiramente quero)? Se quero fazer certo? Porque ainda não consigo? O que está no meio? O que impede? Nossa, a essa altura do campeonato, ou melhor, do texto, vocês devem estar achando que eu fiquei doida ou estou querendo transcender o transcendental, filosofar a filosofia, discutir a mauêtica, pleonasticamente falando... Calma, vou confessar a vocês, que todos esses pensamentos tem me ocorrido diante de uma ação muito comum e terrena: dirigir!  Para eu dirigir não é um prazer, um hobby, muito menos é uma profissão (apesar de estar mãetorista). Então dirijo porque me dá autonomia, me leva onde quero ir. Depois de algumas “pisadas de bola” por aí, certa dose de confiança e segurança que tinha conquistado para dirigir, ficaram abaladas, e a cada crítica ou erro cometido, menos controle sobre a técnica sinto que tenho. O que cria um círculo vicioso: mais insegurança, mais erros. Como a fuga não é saída que chego a considerar. Resta-me lidar com o dilema. Acho que prática, persistência, alguns bons professores e um pouco de fé (de minha parte) mais também das vitímas, ops rsrsrs, quis dizer dos passageiros, podem ajudar. Se tiverem outras sugestões, podem postar seus comentários abaixo. A mautorista agradece!

sábado, 14 de maio de 2011

Metas

“Quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve.”
Desde que ouvi essa frase que ela me assombra. Às vezes sinto que não sei para onde quero ir. Desde há alguns anos, me consolou o fato de, ao menos, saber para onde quero ir “enquanto espírito”: Quero ser cada vez mais como o PAI nos pediu, quero aprender a perdoar, quero aprender a não magoar, quero reconhecer e me reconciliar com meus inimigos, quero ser branda como o cordeiro e astuta como a serpente, quero amar ao próximo como a mim mesmo, afinal este foi o único pedido que JESUS nos fez. E isso não é pouco. É tarefa para muitas vidas.
            Mais estou encarnada, e além das minhas metas “espirituais” (se posso assim chamar) tenho que ter as minhas metas para este mundo material, que vivo. Só os missionários conseguem viver aqui na Terra com os olhos e coração voltado apenas para as metas e compromissos com o mundo superior, e eu... estou longe disso. Não estou aqui em missão, mas em resgate.
Sendo assim, preciso ter também as metas para o mundo material. Essas metas podem parecer fúteis se comparadas com as descritas acima, mas se eu não estiver equilibrada, harmonizada com minha “vida material”, acredito que não poderei alcançar as metas para minha “vida espiritual”. E por incrível que parece é difícil para mim lista-las. Resolvi tentar, e entendi que a qualquer momento posso reavaliar esta lista, incluir e excluir itens, porém o importante é tê-la. Sem ela, qualquer caminho servirá e eu, com certeza, não quero “qualquer caminho”.
Que Jesus me ajude e ilumine sempre, para que ao definir minhas metas materiais elas estejam em consonância com meu merecimento.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Repetição

Como falei na introdução deste blog, desejo manter uma coerência e evolução no meu aprendizado e minhas reflexões. Mas não prometi que não seria repetitiva. Preciso ser. Somos teimosos contumazes. Estamos sempre repetindo os mesmos erros, os mesmos beiçinhos, e se é assim, só repetindo também os mesmos conselhos.
Somos anjos de duas asas. Uma é a do intelecto e a outra é a da moral. Muitos se dedicam, e por muito tempo, exclusivamente a asa intelectual. É mais fácil. Não precisamos bater de frente com nossos erros e fraquezas. A prova disso é a evolução da humanidade em todas as áreas: educação, filosofia, medicina, tecnológica, robótica, etc,etc,etc. Mergulhamos nas pesquisas, discussões, teorias, trabalhamos sem parar e avançamos, sem dúvida, avançamos. Porém até quando teremos forças para voar numa asa só? Sim porque mesmo com todas as descobertas do mundo científico, o homem mata, mente, rouba, trapaça, guerreia, desmata e tantas outras dores que desfilam nos jornais e noticiários todos os dias. Ainda tentam justificar o desrespeito ao próximo e outros crimes em nome do amor ou da justiça. Será possível? Violência gera justiça?
A verdade é que não temos coragem de nos enxergar. Não queremos conhecer o tamanho da nossa imperfeição e por isso usamos o trabalho e a ciência para ocupar nossa mente e tempo, afim de não questionarmos/confrontarmos nosso orgulho e egoísmo.
Porque os títulos, PHds e deferências aos doutores da ciência são valorizados e festejados e somos completamente incapazes de reconhecer o valor do homem simplório, o verdadeiro cristão, se o encontrarmos no dia-a-dia?  O motorista de ônibus que acha R$ 70.000,00 e entrega a polícia vira notícia! Muitas vezes se não tiramos proveito de situações, não furamos a fila, se devolvemos o troco dado a mais somos taxados de “otários”. Será que são esses os otários?! Certa vez ouvi, e acho que já disse isso aqui: Na terra de olho por olho, todos ficarão cegos! A virtude da humildade não será mesmo encontrada em ribaltas. O verdadeiro cristão não se coloca em evidência. O que não quer dizer que não seja preciso nos esforçarmos para reconhecer estas pessoas e mais que isso, nos tornarmos como ela.
Não devemos abandonar nunca a ciência, mais não podemos nos esconder por detrás dela para não nos dedicarmos à evolução de nós mesmos. Desde que comecei a estudar a Doutrina Espírita, virou uma obsessão (do bem, se me permitem o trocadilho espírita. KKK) minha reforma intima. E, é por isso que não consigo deixar de ser repetitiva. Pois todos os dias temos que repetir para nós mesmos as lições que o Mestre nos deixou. Costumo dizer que ninguém muda ninguém. Só nós podemos nos mudar, transformar. E o modelo para isso é JESUS. Precisamos estar constantemente em contato com suas palavras para que as nossas más inclinações se transformem, como a pedra bruta é transformada em bela escultura a golpes sucessivos e duros da ferramenta. Persistência, confiança, fé, esperança, oração. Essas são algumas das ferramentas da nossa transformação, mais ela não se dará sem dor. A dor e o medo fazem parte da nossa transformação, assim como se houvessem nervos na pedra, haveria dor para ela virar a bela escultura há ser exposta e apreciada.
Vamos então, avante, todos! Vamos ser repetitivos, vamos sempre nos vigiar para que possamos transformar fraqueza em força, tristeza em alegria, medo em esperança, insegurança em confiança. Precisamos mais do que nunca nos esforçar para entender e praticar a máxima: Faça ao outro somente o que gostaríamos que nos fizessem. Só assim estaremos buscando desenvolver a asa da moral, e só assim este mundo mudará verdadeiramente.

domingo, 1 de maio de 2011

Ditado Popular

Volta e meia me pego pensando nos muitos ditados populares que existem. Uns refletem extrema verdade de forma simples e direta:
  • “Todas as lindas flores e os suculentos frutos do futuro dependem das sementes plantadas hoje.”
  • “Temos duas orelhas e uma só boca, justamente para escutar mais e falar menos.”
  • “Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio.”
  • “A ignorância é a mãe de todas as doenças.”
Outros me parecem completamente enganados/errados:
·        “Casa de esquina, ou morte ou ruína.” (Pé de pato, mangalô três vezes – né amigo!?!)
Mas o ditado que tem me ocupado esses dias é o: “Se conselho fosse bom, não era dado, era vendido”. Matutando sobre ele, cheguei as seguintes teorias:
1-     Pode até ser verdade para os que ainda não estão prontos para ouvir conselhos sábios e que os conduziriam à solução de seus problemas. Porque quando não queremos ver a verdade, não adiantam conselhos dados ou vendidos, não adiantam luzes, palavras ou o que seja. Estamos enclausurados em “nossa verdade” e só essa nos alcança.
2-     O conselho pode ser ótimo. Maravilhoso, mais se for vendido não é conselho é consultoria. E consultoria pressupõe um relacionamento profissional, que tende a ser mais frio, distante, imparcial. Distante do amor, do bem querer. Tipo: Eu acho isso, isso e aquilo. Agora é com você. Se quiser executar, ótimo. Se não ...
3-      Mas se estamos abertos a ouvir os conselhos e se esses partem de pessoas interessadas em nosso bem... ahhh, aí esse ditado cai por água abaixo. Ele será sempre bom.
Coloco na categoria de conselhos as nossas intuições também, pois as considero conselhos de amigos espirituais (ou o nome que sua religião atribua a quem nos quer bem e não está exatamente na Terra). Andei com o coração agitado, a mente turbilhonada e porque não dizer, entristecida por não querer acreditar, ou não querer ouvir (ainda não descobri qual dos dois, ou se foram os dois) um conselho que ressoava na minha cabeça e coração: “Calma! Ainda não é a hora disso que você está querendo. Aquiete-se, confie e tudo dará certo. É hora de ficar em casa. É hora de abrir mão.” E a não dar ouvidos a essa intuição/conselho, estava remando contra a maré. O que me fazia ficar ainda mais insegura e preocupada. Foi preciso ouvir o conselho de forma física, ou seja, de alguém daqui da Terra, para me entregar a esta situação e ver como é melhor, mais leve, aceitar o nosso dever. Continua sendo desagradável desempenhar alguns papéis que não eram os que tinha imaginado pra mim, mas não é mais doloroso. Dá pra perceber a diferença? É chato, mais não mata! Já o outro caminho, quando tentamos remar contra a maré o esforço pode nos levar a exaustão e essa, a doenças e problemas que não precisaríamos passar. Então, tenho o prazer de compartilhar com vocês a alegria de não ser o que eu queria. Mas quem me garante que antes eu sabia o que era melhor pra mim? Será que sempre sabemos mesmo o que é melhor pra nós? O que posso afirmar é que meu modelo é JESUS, e enquanto eu estiver buscando estudar, conhecer, entender e viver seus ensinamentos esse será o caminho certo. Não é fácil. Se fosse não estaríamos fazendo isso há séculos e séculos repetidamente, mais o destino de todos nós é a felicidade, portanto não importa o tempo ou nossa teimosia, todas as ovelhas serão salvas!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Para minha amiga-irmã

É preciso saber viver!
É preciso saber viver!
É preciso saber viver!
Como foram felizes os autores deste pop-roquinho. E como é difícil exercitar a simplicidade dessa frase. Porque em tempos de alegria ninguém pode provar seu otimismo, sua força, perseverança, resignação, fé, esperança e tantas outras virtudes que o Mestre veio à Terra exemplificar e ainda nos recusamos a entender. Eu tenho minhas dores, meus familiares tem as deles, minha amiga e irmã tem as dela. Todos tem suas dores. Umas talvez sejam maiores que as outras. Mas o mais importante é o valor que atribuímos a ela. Tudo pode ser superado, se compreendermos as verdades divinas e se aceitarmos nossas dores como lições. Divaldo Franco disse numa palestra: é fácil receitar um remédio amargo quando não é para você. Então, não estou aqui receitando um remédio amargo para ninguém, estou refletindo sobre as possibilidades de se atravessar as tormentas pessoais. Quero atravessar com você o que for preciso. Podemos olhar para o amanhã e ver que sempre nascerá o sol radiante e corajoso pela manhãzinha ou podemos ficar contemplando ‘tempo perdido’ as nuvens negras da tormenta, e de tanto nos concentrarmos nelas nós também já teremos nos tornado um pouco mais negras. É questão de sintonia. A rádio AM não vai pegar na faixa da FM. Outra questão que metemos os pés pelas mãos é na questão do tempo. Uma hora de felicidade e bem menor que uma hora de dor. Dá pra entender? Então, quando estamos dentro de alguma tempestade queremos que tudo passe logo, no nosso tempo, do nosso jeito. Mais as coisas levam o tempo que tem de levar e ai vamos deixando pelo caminho a persistência, o otimismo. Lutemos, que não ficaremos só. Lembre-se que temos uma constelação de muitos amigos superiores querendo nos ajudar e outros aqui mesmo também. Às vezes quero colo, mais às vezes quero te dar colo. Quero chegar perto de você e ficar quietinha a seu lado, só porque te amo. Deixe-nos entrar!!!!

Fazendo Arroz

Sou péssima cozinheira, na verdade nem mereço o título cozinheira. Sou péssima fazedora de comida. Quando a vida me levou a ser dona de casa, xiii... ficou complicado. Lembro-me ainda da felicidade de quando cozinhei feijão pela primeira vez. E olha que não faz muito tempo, isso deve ter só uns 2 anos. Fiz até um email para dar a notícia para alguns amigos próximos de que a missão tinha sido cumprida com sucesso. Pena que não tinha o blog naquela época, senão teria ficado registrado.
Um dos primeiros arroz que fiz esqueci de colocar sal e ficou meio unidos venceremos. A Sophia falou: - Mãe, esse arroz está ruim, aguado. Ops. Rsrsrsrsrsrs
Mais o tempo passa, e vamos ouvindo conselhos aqui e ali. Já repararam na quantidade de segredos para se fazer arroz? Uns dizem: - O segredo é dobrar a medida da água em relação ao grão. Outros: - O segredo é fazer com água quente. E tem ainda os que defendem: - O segredo é refogar bem, quase fritar, antes de colocar a água. A última que me ensinaram é que tem de ir colocando a água aos poucos. Um dia resolvi fazer um arroz com todos os segredos juntos. Não deu certo... esqueci ele no fogo e queimou tudo!!!! Esquecimentos a parte, resolvi adotar os segredos que servem pra mim. Sim porque descobri que, como na vida, o que serve pro arroz de uns pode não dar certo no arroz de outros. Nesta sexta-feira santa o Marcello fez o bacalhau e eu deveria fazer o arroz. De todos os segredos que já me ensinaram os que resolvi que vou usar são: refogar bem, nunca esquecer o sal (claro!), colocar água no olhometro, sempre um pouco menos do que deveria ser o suficiente e antes de secar coloco um pouco mais de água. E não é que ganhei um elogio do Marcello! Ele disse que tava bom. Uau! O fato é que isso não dá certo sempre, às vezes falha. Mas tudo bem, se o saldo for positivo, tá valendo. É porque nem o arroz, nem a vida são formulas matemáticas exatas. Mesmo achando que estamos fazendo sempre tudo certo e da mesma forma de sempre o resultado pode variar. Acostume-se !! Agora estou em busca de segredos para a vida profissional!! Com fé em Deus e na teoria do arroz, vou chegar lá.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Uma Amiga

Sabe, queria estar aí com você esta semana. E que estou com prisão de ventre emocional, com licença da anatomia. Esse processo de ir-se descobrindo, de tentar achar o caminho certo das coisas, de compreender os designos de Deus para nós é difícil. É, que nem sempre o que queremos é o que precisamos, então temos que descobrir o jeito de viver bem, feliz, com o que precisamos senão não há valor no processo de crescimento. Vou fazer isso, não tenho dúvida, não por mim, mas por ter certeza na proteção e no amor de nosso PAI. E quando não deixamos sensações como revolta ou  raiva nos embaçarem nossa visão, é possível entender todas as nuances do nossos caminhos. A necessidade de cada pedra e cada curva. E agradeço ao Pai não estar com este denso véu sob os olhos, mais é que outro, felizmente mais fino, me cobre esta semana: a tristeza. Não é uma tristeza profunda, essa não. É uma certa melancolia, misturada com o medo das pedras que ainda faltam aparecer. Se, essa semana estivéssemos juntas poderia rir, desavergonhadamente. Sem pretensões de descobertas filosóficas mais também sem vulgaridades. Só rir, com originalidade. Como você. Só sentar à mesa, beber, comer, enfeitadas com lenços maravilhosos muito bem enrolados nos nossos pescoços e deixar os assuntos irem surgindo, um atrás do outro, sem compromisso, sem planejamento. Talvez chorássemos, mais com certeza (ou com cerveja) iríamos voltar a rir. Interessante como foi brotando essa afinidade, essa afeição. Essa semana queria estar aí. Saudades!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Trânsito

“160 pessoas morrem por dia no trânsito brasileiro” , diz a chamada do telejornal. Durante a reportagem seguem-se as discussões entre apresentadores e especialistas e todos colocam a culpa na fiscalização, na impunidade das leis, etc. Enquanto todos nós colocarmos a culpa de tudo no outro, no governo, no externo, nem o trânsito nem o mundo vai melhorar. O trânsito é feito por cada um de nós, ele é o resultado do comportamento coletivo. E, enquanto nosso orgulho e egoísmo nos impedir de assumir nossas falhas e erros não haverá fiscalização ou punição que resolva. Porque isso está combatendo a conseqüência e não a causa do caos de nossas ruas e estradas. Nosso problema (além do orgulho e egoísmo contumazes, da lei do EU PRIMEIRO, EU POSSO, EU VOU, EU, EU) é a educação. Mas aí vocês vão falar: Francy, você não está falando nenhuma novidade. Pois é, e não estou mesmo. Porém o que temos feito para mudar isso? Vamos continuar culpando a falta de fiscalização? Instalando pardais, araras, ou outro nome que quiser dar aos radares para obter cada vez mais multas? Isso só vai encher os bolsos dos corruptos (e isso já é outra história). Para melhorar o trânsito temos que melhorar o motorista, o homem. A educação aqui não é simplesmente a educação da direção defensiva, as provas de balizes, e etc. Temos que investir na educação ampla do ser humano. No conhecimento intelectual, no conhecimento moral, na formação do cidadão. Claro que vamos dar a César o que é de César: precisamos sim de intra-estrutura de qualidade, das leis, dos fiscais (eletrônicos ou não) e da formação técnica do motorista, mas sem condutores que entendam e busquem a prática de virtudes como o respeito, cordialidade, previdência nosso trânsito continuará matando brasileiros. Por isso lembre-se, não podemos mudar o mundo mais podemos mudar a nós mesmos. Eu estou tentando, e você?

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Colcha de Retalho

Quero falar de tudo junto e misturado agora. Estou uma panela de pressão e quero falar, falar, falar ...

Dormindo com o inimigo: Descobri que o trio Eu, Cachorro e Apartamento não combinamos. É quase nitroglicerina. Esta bola de pêlos brancos de quatro patas está ameaçando todo o meu esforço em me transformar em uma pessoa melhor. Bom mesmo são as flores, orquídeas, lírios, margaridas... elas não latem, não fazem xixi e nem caquinha pela casa, não saem com as patas molhadas pisoteando toda a casa. Como tudo na vida tem dois lados, o lado bom é que posso vencê-la (ou vencer-me!?), e aí é uma batalha a menos na reforma íntima. Vamos orar, para ver se as duas continuam bem e saudáveis!

Rostos: Que coisa estranha esse negócio de ver pessoas parecidas com amigos e conhecidos por todos os lados. Acho que se olhasse para aquela pessoa em outra época ou circunstância não acharia semelhança nenhuma entre o transeunte estranho e um determinado amigo, parente ou conhecido. Mais desde que cheguei à cidade nova, acho familiaridades em rostos estranhos na rua. Nossa cabeça é mesmo fantástica, acho que isso se dá porque como ainda nos sentimos um estranho no ninho nossa cabeça tenta deixar o ambiente mais familiar e amistoso, então desenha semelhanças onde as vezes pode nem existir. Mais é só uma teoria descompromissada. Como diria Caetano: OU NÃO!!!!!

Retrocesso: Estou decepcionada com a França. Eles aprovaram uma lei que proíbe o uso do véu islâmico em locais públicos. Agora a maior população islâmica da europa não pode expressar sua cultura e religião em escolas, hospitais, transportes públicos, etc. Isso é triste em qualquer lugar do mundo, mas fico mais triste especialmente disso estar acontecendo lá, um dos berços do renascentismo. Da renovação de idéias. Me parece que os franceses do século XVI eram mais espertos.

Fuiiiii. Não dá pra só falar, falar, falar. Tenho que limpar, limpar, limpar também. Beijos