segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Uma escola chamada DOR

Era uma vez um ratinho que vivia feliz em grande casa de fazenda. Certo dia, o fazendeiro chegou em casa com um gato e o firme propósito de dar fim no ratinho. Grande perseguição seguiu-se durante horas, no melhor estilo Tom e Jerry. Até certa hora que o ratinho fugindo para o curral pediu ajuda a Sra. Vaca: - Me esconda, Dona Vaca. O gato está querendo me comer!
A vaca respondeu que não podia fazer nada, ela era só uma vaca. Ele insistiu e a Sra. Vaca teve uma idéia. Levantou o rabo, e sem cerimônia despejou farto monte de estrume e disse: - Corra, esconda-se aí dentro.
O ratinho, entre o nojo e o medo, falou: - Mas Dona Vaca, me esconder na bosta?!?
Dona Vaca respondeu: Bem, é você quem decide ...
O ratinho ouvindo os passos do gato que estavam mais próximos, olhou para aquele monte de M ...., tomou longo fôlego e pulou. O gato entrou no curral e começou a procurá-lo. Olhou debaixo da orelha da D. Vaca, debaixo do coxo de comida e nada.
- A onde está aquele rato, D. Vaca, fale logo, eu o vi entrando aqui! Perguntou o gato.
- Não vi rato nenhum, sou só uma vaca. Respondeu D. Vaca. Neste momento o ratinho já quase sem fôlego, levantou a cabeça, soltou um pio, tomou novo fôlego e voltou a mergulhar na M.... . O gato atento ouviu e falou: - Ahraamm, achei! Meteu a mão puxou o rato, deu bruta sacudidela para limpar a “cobertura” e engoliu-o de uma só vez.
Moral da história
Nem todo mundo que te joga no estrume, quer seu mal. Nem todo mundo que te tira do estrume quer seu bem. Mais uma vez dentro do estrume não pie!!!!
            Apesar de descontraída, e até um pouco trash, a moral da história traz grande ensinamento do Evangelho do Cristo: “Bem aventurados os aflitos, porque eles serão consolados.”
Quando lemos ou ouvimos conselhos para bendizer o sofrimento e as dores que o mundo e a vida nos impõe respondemos: Está falando isso porque não está doendo em você.
Mas posso afirmar para vocês, a dor e o sofrimento são escolas benditas. Se você venceu muitas lutas na vida, se tem cicatrizes, bendiga-as, pois foram elas te levaram ao caminho da vitória. Elas foram placas sinalizadoras que você soube suportar, soube ler e caminhar em frente. Mais quando o sofrimento nos bate a porta e respondemos com lamentações, injurias, revolta, inconformação, tapamos nossos olhos, ouvidos e razão para as placas sinalizadoras, os limites que oferecerão segurança e além da dor parecer mais doída ainda teremos que passar por tudo aquilo de novo. É como o aluno que não aproveita seu tempo durante o ano letivo e precisa no ano seguinte fazer tudo de novo. Bendizer a dor não é conformar-se. A indiferença, a apatia, a preguiça e a vitimização são tão prejudiciais quanto a revolta. Elas também jogarão espessa cortina de fumaça em nossas mentes. Para sermos aprovados na escola da dor precisamos aprender com os cadernos da resignação, paciência, fé, esperança, prece, coragem e confiança em nós e no PAI Maior, que sempre sabe mais e nos conhece melhor que nós mesmos.

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