sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Ponto Negro

Queridos amigos,
o texto a seguir não é meu. Porém ao recebe-lo tive vontade de compartilhar com vocês pois achei extremamente relevante.
Bjs, Francy

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O PONTO NEGRO
Certo dia, um professor chegou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova-relâmpago. Todos acertaram suas filas, aguardando assustados o teste que viria.
O professor foi entregando, então, a folha da prova com a parte do texto virada para baixo, como era de costume. Depois que todos receberam, pediu que desvirassem a folha. Para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro, no meio da folha. O professor, analisando a expressão de surpresa que todos faziam, disse o seguinte:
 - Agora, vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram, então, a difícil e inexplicável tarefa.
Terminado o tempo, o mestre recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todas, sem exceção, definiram o ponto negro, tentando dar explicações por sua presença no centro da folha. Terminada a leitura, a sala em silêncio, o professor então começou a explicar:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de lição para todos nós. Ninguém na sala falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vida. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. A vida é um presente da natureza dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos para comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro! O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente.

domingo, 22 de maio de 2011

Cobrança

Nunca queremos ser cobrados por nossos defeitos ou imperícias. Quando a cobrança vem de alguém que também não domina aquela técnica, a cobrança é indevida? Meu orgulho e egoísmo dizem que sim, e, respondo na lata: aprenda e venha fazer melhor, assim não precisarei fazer mais. Mas minha razão sabe que não é tão fácil, tão simples assim. É válida tanto quanto à cobrança do expert. Afinal se até o não expert está vendo os erros...
Mas não é essa a questão que vem me incomodando: o fato de que ainda não consigo ouvir a cobrança! Até porque reconheço que, nesse aspecto, caminhei um pouco. Antes não ouvia nem a introdução da frase. Agora consigo ouvir calada 50% delas. Não estou falando de um silêncio do tipo: não estou nem aí (entrou por aqui e saiu por ali)! Estou falando de um silêncio respeitoso, de saber que preciso ouvir aquilo. Mais e os outros 50%? Aqueles que respondo, malcriadamente, na lata?!
Bom, é por isso que estou aqui a refletir sobre eles e ver se chego a um caminho que efetive minha vontade de mudar em mudança.
Acho que está aí o ponto central do meu incomodo: se quero mudar (verdadeiramente quero)? Se quero fazer certo? Porque ainda não consigo? O que está no meio? O que impede? Nossa, a essa altura do campeonato, ou melhor, do texto, vocês devem estar achando que eu fiquei doida ou estou querendo transcender o transcendental, filosofar a filosofia, discutir a mauêtica, pleonasticamente falando... Calma, vou confessar a vocês, que todos esses pensamentos tem me ocorrido diante de uma ação muito comum e terrena: dirigir!  Para eu dirigir não é um prazer, um hobby, muito menos é uma profissão (apesar de estar mãetorista). Então dirijo porque me dá autonomia, me leva onde quero ir. Depois de algumas “pisadas de bola” por aí, certa dose de confiança e segurança que tinha conquistado para dirigir, ficaram abaladas, e a cada crítica ou erro cometido, menos controle sobre a técnica sinto que tenho. O que cria um círculo vicioso: mais insegurança, mais erros. Como a fuga não é saída que chego a considerar. Resta-me lidar com o dilema. Acho que prática, persistência, alguns bons professores e um pouco de fé (de minha parte) mais também das vitímas, ops rsrsrs, quis dizer dos passageiros, podem ajudar. Se tiverem outras sugestões, podem postar seus comentários abaixo. A mautorista agradece!

sábado, 14 de maio de 2011

Metas

“Quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve.”
Desde que ouvi essa frase que ela me assombra. Às vezes sinto que não sei para onde quero ir. Desde há alguns anos, me consolou o fato de, ao menos, saber para onde quero ir “enquanto espírito”: Quero ser cada vez mais como o PAI nos pediu, quero aprender a perdoar, quero aprender a não magoar, quero reconhecer e me reconciliar com meus inimigos, quero ser branda como o cordeiro e astuta como a serpente, quero amar ao próximo como a mim mesmo, afinal este foi o único pedido que JESUS nos fez. E isso não é pouco. É tarefa para muitas vidas.
            Mais estou encarnada, e além das minhas metas “espirituais” (se posso assim chamar) tenho que ter as minhas metas para este mundo material, que vivo. Só os missionários conseguem viver aqui na Terra com os olhos e coração voltado apenas para as metas e compromissos com o mundo superior, e eu... estou longe disso. Não estou aqui em missão, mas em resgate.
Sendo assim, preciso ter também as metas para o mundo material. Essas metas podem parecer fúteis se comparadas com as descritas acima, mas se eu não estiver equilibrada, harmonizada com minha “vida material”, acredito que não poderei alcançar as metas para minha “vida espiritual”. E por incrível que parece é difícil para mim lista-las. Resolvi tentar, e entendi que a qualquer momento posso reavaliar esta lista, incluir e excluir itens, porém o importante é tê-la. Sem ela, qualquer caminho servirá e eu, com certeza, não quero “qualquer caminho”.
Que Jesus me ajude e ilumine sempre, para que ao definir minhas metas materiais elas estejam em consonância com meu merecimento.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Repetição

Como falei na introdução deste blog, desejo manter uma coerência e evolução no meu aprendizado e minhas reflexões. Mas não prometi que não seria repetitiva. Preciso ser. Somos teimosos contumazes. Estamos sempre repetindo os mesmos erros, os mesmos beiçinhos, e se é assim, só repetindo também os mesmos conselhos.
Somos anjos de duas asas. Uma é a do intelecto e a outra é a da moral. Muitos se dedicam, e por muito tempo, exclusivamente a asa intelectual. É mais fácil. Não precisamos bater de frente com nossos erros e fraquezas. A prova disso é a evolução da humanidade em todas as áreas: educação, filosofia, medicina, tecnológica, robótica, etc,etc,etc. Mergulhamos nas pesquisas, discussões, teorias, trabalhamos sem parar e avançamos, sem dúvida, avançamos. Porém até quando teremos forças para voar numa asa só? Sim porque mesmo com todas as descobertas do mundo científico, o homem mata, mente, rouba, trapaça, guerreia, desmata e tantas outras dores que desfilam nos jornais e noticiários todos os dias. Ainda tentam justificar o desrespeito ao próximo e outros crimes em nome do amor ou da justiça. Será possível? Violência gera justiça?
A verdade é que não temos coragem de nos enxergar. Não queremos conhecer o tamanho da nossa imperfeição e por isso usamos o trabalho e a ciência para ocupar nossa mente e tempo, afim de não questionarmos/confrontarmos nosso orgulho e egoísmo.
Porque os títulos, PHds e deferências aos doutores da ciência são valorizados e festejados e somos completamente incapazes de reconhecer o valor do homem simplório, o verdadeiro cristão, se o encontrarmos no dia-a-dia?  O motorista de ônibus que acha R$ 70.000,00 e entrega a polícia vira notícia! Muitas vezes se não tiramos proveito de situações, não furamos a fila, se devolvemos o troco dado a mais somos taxados de “otários”. Será que são esses os otários?! Certa vez ouvi, e acho que já disse isso aqui: Na terra de olho por olho, todos ficarão cegos! A virtude da humildade não será mesmo encontrada em ribaltas. O verdadeiro cristão não se coloca em evidência. O que não quer dizer que não seja preciso nos esforçarmos para reconhecer estas pessoas e mais que isso, nos tornarmos como ela.
Não devemos abandonar nunca a ciência, mais não podemos nos esconder por detrás dela para não nos dedicarmos à evolução de nós mesmos. Desde que comecei a estudar a Doutrina Espírita, virou uma obsessão (do bem, se me permitem o trocadilho espírita. KKK) minha reforma intima. E, é por isso que não consigo deixar de ser repetitiva. Pois todos os dias temos que repetir para nós mesmos as lições que o Mestre nos deixou. Costumo dizer que ninguém muda ninguém. Só nós podemos nos mudar, transformar. E o modelo para isso é JESUS. Precisamos estar constantemente em contato com suas palavras para que as nossas más inclinações se transformem, como a pedra bruta é transformada em bela escultura a golpes sucessivos e duros da ferramenta. Persistência, confiança, fé, esperança, oração. Essas são algumas das ferramentas da nossa transformação, mais ela não se dará sem dor. A dor e o medo fazem parte da nossa transformação, assim como se houvessem nervos na pedra, haveria dor para ela virar a bela escultura há ser exposta e apreciada.
Vamos então, avante, todos! Vamos ser repetitivos, vamos sempre nos vigiar para que possamos transformar fraqueza em força, tristeza em alegria, medo em esperança, insegurança em confiança. Precisamos mais do que nunca nos esforçar para entender e praticar a máxima: Faça ao outro somente o que gostaríamos que nos fizessem. Só assim estaremos buscando desenvolver a asa da moral, e só assim este mundo mudará verdadeiramente.

domingo, 1 de maio de 2011

Ditado Popular

Volta e meia me pego pensando nos muitos ditados populares que existem. Uns refletem extrema verdade de forma simples e direta:
  • “Todas as lindas flores e os suculentos frutos do futuro dependem das sementes plantadas hoje.”
  • “Temos duas orelhas e uma só boca, justamente para escutar mais e falar menos.”
  • “Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio.”
  • “A ignorância é a mãe de todas as doenças.”
Outros me parecem completamente enganados/errados:
·        “Casa de esquina, ou morte ou ruína.” (Pé de pato, mangalô três vezes – né amigo!?!)
Mas o ditado que tem me ocupado esses dias é o: “Se conselho fosse bom, não era dado, era vendido”. Matutando sobre ele, cheguei as seguintes teorias:
1-     Pode até ser verdade para os que ainda não estão prontos para ouvir conselhos sábios e que os conduziriam à solução de seus problemas. Porque quando não queremos ver a verdade, não adiantam conselhos dados ou vendidos, não adiantam luzes, palavras ou o que seja. Estamos enclausurados em “nossa verdade” e só essa nos alcança.
2-     O conselho pode ser ótimo. Maravilhoso, mais se for vendido não é conselho é consultoria. E consultoria pressupõe um relacionamento profissional, que tende a ser mais frio, distante, imparcial. Distante do amor, do bem querer. Tipo: Eu acho isso, isso e aquilo. Agora é com você. Se quiser executar, ótimo. Se não ...
3-      Mas se estamos abertos a ouvir os conselhos e se esses partem de pessoas interessadas em nosso bem... ahhh, aí esse ditado cai por água abaixo. Ele será sempre bom.
Coloco na categoria de conselhos as nossas intuições também, pois as considero conselhos de amigos espirituais (ou o nome que sua religião atribua a quem nos quer bem e não está exatamente na Terra). Andei com o coração agitado, a mente turbilhonada e porque não dizer, entristecida por não querer acreditar, ou não querer ouvir (ainda não descobri qual dos dois, ou se foram os dois) um conselho que ressoava na minha cabeça e coração: “Calma! Ainda não é a hora disso que você está querendo. Aquiete-se, confie e tudo dará certo. É hora de ficar em casa. É hora de abrir mão.” E a não dar ouvidos a essa intuição/conselho, estava remando contra a maré. O que me fazia ficar ainda mais insegura e preocupada. Foi preciso ouvir o conselho de forma física, ou seja, de alguém daqui da Terra, para me entregar a esta situação e ver como é melhor, mais leve, aceitar o nosso dever. Continua sendo desagradável desempenhar alguns papéis que não eram os que tinha imaginado pra mim, mas não é mais doloroso. Dá pra perceber a diferença? É chato, mais não mata! Já o outro caminho, quando tentamos remar contra a maré o esforço pode nos levar a exaustão e essa, a doenças e problemas que não precisaríamos passar. Então, tenho o prazer de compartilhar com vocês a alegria de não ser o que eu queria. Mas quem me garante que antes eu sabia o que era melhor pra mim? Será que sempre sabemos mesmo o que é melhor pra nós? O que posso afirmar é que meu modelo é JESUS, e enquanto eu estiver buscando estudar, conhecer, entender e viver seus ensinamentos esse será o caminho certo. Não é fácil. Se fosse não estaríamos fazendo isso há séculos e séculos repetidamente, mais o destino de todos nós é a felicidade, portanto não importa o tempo ou nossa teimosia, todas as ovelhas serão salvas!!!