domingo, 22 de maio de 2011

Cobrança

Nunca queremos ser cobrados por nossos defeitos ou imperícias. Quando a cobrança vem de alguém que também não domina aquela técnica, a cobrança é indevida? Meu orgulho e egoísmo dizem que sim, e, respondo na lata: aprenda e venha fazer melhor, assim não precisarei fazer mais. Mas minha razão sabe que não é tão fácil, tão simples assim. É válida tanto quanto à cobrança do expert. Afinal se até o não expert está vendo os erros...
Mas não é essa a questão que vem me incomodando: o fato de que ainda não consigo ouvir a cobrança! Até porque reconheço que, nesse aspecto, caminhei um pouco. Antes não ouvia nem a introdução da frase. Agora consigo ouvir calada 50% delas. Não estou falando de um silêncio do tipo: não estou nem aí (entrou por aqui e saiu por ali)! Estou falando de um silêncio respeitoso, de saber que preciso ouvir aquilo. Mais e os outros 50%? Aqueles que respondo, malcriadamente, na lata?!
Bom, é por isso que estou aqui a refletir sobre eles e ver se chego a um caminho que efetive minha vontade de mudar em mudança.
Acho que está aí o ponto central do meu incomodo: se quero mudar (verdadeiramente quero)? Se quero fazer certo? Porque ainda não consigo? O que está no meio? O que impede? Nossa, a essa altura do campeonato, ou melhor, do texto, vocês devem estar achando que eu fiquei doida ou estou querendo transcender o transcendental, filosofar a filosofia, discutir a mauêtica, pleonasticamente falando... Calma, vou confessar a vocês, que todos esses pensamentos tem me ocorrido diante de uma ação muito comum e terrena: dirigir!  Para eu dirigir não é um prazer, um hobby, muito menos é uma profissão (apesar de estar mãetorista). Então dirijo porque me dá autonomia, me leva onde quero ir. Depois de algumas “pisadas de bola” por aí, certa dose de confiança e segurança que tinha conquistado para dirigir, ficaram abaladas, e a cada crítica ou erro cometido, menos controle sobre a técnica sinto que tenho. O que cria um círculo vicioso: mais insegurança, mais erros. Como a fuga não é saída que chego a considerar. Resta-me lidar com o dilema. Acho que prática, persistência, alguns bons professores e um pouco de fé (de minha parte) mais também das vitímas, ops rsrsrs, quis dizer dos passageiros, podem ajudar. Se tiverem outras sugestões, podem postar seus comentários abaixo. A mautorista agradece!

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