segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Equilíbrio e Disciplina

Tem um programa de TV que faz sempre as mesmas perguntas para os famosos. Uma das perguntas é: qual a palavra preferida deles? Muitos respondem AMOR. É a mais fácil, é a mais politicamente correta para se responder na lata quando não temos uma filosofia de vida, valores a seguir ou uma religião para iluminar nossos caminhos. E não tem nada de errado com a palavra. Ela é realmente muito importante. Mas se a pergunta fosse feita para mim eu não poderia responder com apenas uma palavra. Como (pelo menos) no blog mando eu, vou contar para vocês as minhas duas palavras preferidas.

A primeira é EQUILÍBRIO: Sem equilíbrio nenhuma outra palavra fica inteira. Vou tentar explicar meu pensamento. Vamos usar alguns exemplos:
Amor – teoricamente uma palavra que só trás idéias positivas, coisas boas, mas se ele for em demasia torna-se perigoso. Torna-se possessivo, um amor que não liberta. Tentar possuir um marido, uma esposa, um filho, uma mãe, seja quem for não é amor. É amor sem equilíbrio. É paixão. O amor, como Cristo nos exemplificou e pediu precisa ser equilibrado, manso, paciente, libertador.
Fartura – outra palavra que muitos desejam, mas que novamente sem equilíbrio trás conseqüências desagradáveis. Muito dinheiro sem equilíbrio pode virar ganância ou sovinice. Muita comida sem equilíbrio vira gula, doença, colesterol, barriga, obesidade, etc.
Ideal – ideal é algo que move a humanidade para frente, é o sonhador que vislumbra algo novo e o persegue. Idealistas fizeram, e fazem, progredir o mundo através das ciências, religiões, filosofias. Mas ideal sem equilíbrio vira fanatismo, vira guerra, vira autoritarismo.
Conhecimento – eu sou a primeira a defender o conhecimento, sem ele não crescemos, não podemos salvar a nós mesmos. Mas quando damos importância só ao conhecimento intelectual corremos o risco de nos tornarmos pretensiosos, orgulhosos, corremos o risco de esquecer que o Homem além da razão é também emoção. Se o filosofo disse: Penso logo existo. Eu arrisco dizer: Amo logo sou cristão. Ninguém voará até o Pai Celestial apenas com a asa da intelectualidade, precisamos das duas asas desenvolvidas: a do conhecimento e a do amor.
Acho que vocês já pegaram a minha linha de raciocínio, não é?! Tudo que somos, que fazemos, que queremos tem de ter equilíbrio, sem ele com certeza cairemos da corda bamba, e nem sempre temos rede de proteção embaixo.

A segunda é DISCIPLINA: Conquistar o equilíbrio nos nossos pensamentos, atos e escolhas do dia-a-dia é tarefa difícil. E tudo que é difícil deixamos para depois. Vamos postergando para ver se some como num passe de mágica. Preferimos as coisas fáceis, prazerosas, as “portas largas”. Coisas que nos exigem sacrifício, atenção, esforço, que não trazem prazer só poderão ser resolvidas e superadas com disciplina. A disciplina precede o prazer, a satisfação.
É a disciplina que me leva a musculação, é a disciplina que me faz cozinhar, é a disciplina que me faz dizer não para um pedaço de bolo de chocolate (com sete camadas, lembram?). É a disciplina que me faz comer chuchu. Porém foi a disciplina que me fez começar a ler. Foi a disciplina que me fez começar a estudar inglês.
Se não conseguimos fazer algo por prazer, façamos por disciplina. Ela aos poucos vai transformar aquela ação em hábito. E hábitos são repetidos automaticamente, e se são automáticos não tem tempo para serem penosos. Então pense com o quê você está empregando sua energia disciplinadora, o quê você está transformando em hábito na sua vida. São coisas saudáveis? São coisas virtuosas? Ou são nocivas para você ou para o próximo?
Caros amigos, roguemos a Deus nos conceda Equilíbrio e Disciplina.

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