sábado, 26 de março de 2011

A Simplicidade

A simplicidade é prova dificílima.
Não é a toa que vivemos tempos de blogs, big brothers, faces e outras tantas formas de aparecer. Destacar-se. Ser especial. É o desejo de quase todos. Eu mesmo confesso, gosto de usar as redes sociais e tirar e postar muitas fotos (é bem verdade que a silueta tem me impedido de fazer isso com mais frequência). Sim porque ninguém quer aparecer, ser popular, ser especial, pelo seu lado feio. Mas voltando ao tema, vamos pensar na simplicidade e no anonimato: Quem já fez regressão e descobriu ser o Seu Zé das Couves? Não! Todo mundo foi Luis XV ou Cleópatra (eu me contento com Nefertiti! KKK) Ninguém quer ficar na multidão, perdido. Por mais que diga - Eu não sou assim... Tá bom, sei! Vai dizer que nunca quis ser o primeiro a ser escolhido pra peça do colégio, não quis ser o craque do time dos garotos, que nunca pensou que ia revolucionar sua profissão após sair da faculdade?!! Pois é, o tempo passa e, se não nos tornamos o "mostro sagrado" começamos a sonhar com a fama dos filhos. Passamos a querer ser mães de Obamas e Giseles. [E olha aí outra armadilha. Porque a qualidade masculina escolhida foi a inteligencia e o poder, e a feminina foi a beleza? Como essas convenções sociais se apossam do nosso inconsciente?] O que quero é exercitar a felicidade de ser simples. Sentir alegria e realização mesmo sem ser a Chieko Aoki (a ban ban ban da hotelaria). Ser feliz e realizada sendo só Eu. É preciso ver a grandeza nas conquistas sobre nós mesmos. Nas transformações que vamos lapidando ao longo dos anos na incansável e necessária luta para substituir formas por conteúdos, vícios por virtudes, revoltas por resignação, alienação por conhecimento. Não preciso ser a melhor disso ou daquilo, preciso ser uma EU melhor que antes. Para terminar esta reflexão preciso dizer que ela está comigo desde que conheci o caseiro do sítio do Sr. Iraci, lá em Oliveira. O tiozinho, que não consegui gravar o nome, é de uma simplicidade feliz que me comoveu. Eu o vi apenas uma vez, há uns 2 anos atrás e mesmo não tento gravado o nome dele nunca esqueci seus olhos. Uma lição de vida. Não precisamos ser Bill Gates para saber que vencemos na vida. As batalhas mais importantes são travadas interiormente. Fica o convite para trazer isso a razão e descobrirmos a felicidade nas conquistas da alma!

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