domingo, 22 de janeiro de 2012

Sessão Cinema

Não tenho uma memória muito boa, para filmes e músicas então... não gravo os títulos, não lembro os autores e quando me perguntam, numa roda de conversa, qual meu filme preferido fico pensando, quase espremendo os miolos para lembrar (ou decidir) qual é o meu filme favorito e as vezes respondo um qualquer, ou nem respondo. Bom, já vi muitos filmes que me fizeram chorar. Na verdade antigamente chorava até com seriado americano (uma vez chorei tanto assistindo um episódio de Party of five que qdo cheguei no trabalho minha gerente me mandou de volta para casa para me recuperar da “gripe” KKK) Mais ultimamente só choro assistindo filmes quando é daqueles que me faz ficar de olho inchado e nariz entupido. O primeiro filme que me lembro ter chorado baldes e baldes foi Kramer x Kramer, quando o assisti ainda era menina, estava na sala da minha casa em Nova Iguaçu assistindo-o pelo corujão. Chorei tanto (mesmo enfiando a cara na almofada para abafar o barulho) que acordei minha mãe. Com certeza tiveram outros depois, mais como já disse minha memória não é uma brastemp, então vou pular para um outro que assisti em carajás, eu e Marcello, e falava da história de um bebê que foi adotado pela assistente social e depois a mãe biológica volta para apanha-lo (tive de descreve-lo pois não sei o título). Nesse filme também chorei horrores, e já quase no finalzinho meu irmão chegou lá em casa e qdo fui abrir a porta ele tomou um super susto, achou que algo de muito sério tinha acontecido. E assim foram indo e vindo filmes que me emocionaram muito. Com Mama Mia, não chorei, mais ele com certeza está na lista dos meus filmes preferidos. Acho que não chorei porque, agora analisando melhor, todos os outros giram em torno da relação de pais e filhos. Um deles (que me arrebatou ano passado) tem o título em português de “O primeiro da Classe”, onde o tema central é a superação de um cidadão americano a uma doença chamada Síndrome de Tourette, acho até que já escrevi aqui no blog sobre ele, por isso não vou me alongar nele. Bom e porque estou falando sobre essas coisas? Porque acabei de assistir “Querido John”. Classificado como romance, o tema secundário, o relacionamento de um pai autista e seu filho, é comovente. O (provavelmente) único toque na cabeça do filho, aquele acalanto esperado por anos e anos foi das cenas mais bonitas que vi ultimamente. Realmente de entupir o nariz de tanto chorar. O romance dele e da mocinha do filme (a mesma atriz de Mama Mia) também é uma história bonita.
Fico viajando nessas histórias. Imaginando quão fundo são nossos sentimentos, nossas reentrâncias, nossos buracos... dia desses conversando com uma amiga, eu disse que estava sempre em busca de me conhecer, ela se espantou e achou que isso não fazia sentido, porém quando vejo um filme desses tenho ainda mais certeza de que não me conheço totalmente. Que não sei ainda o que está ou não está resolvido dentro de mim. Pode até ser que as coisas estejam mais resolvidas do que imagino, ou pode ser também que estão tão enterradas que não consigo atingi-las. Essa emoção toda, quase uma comoção me diz que é um assunto para eu prestar atenção. O fato é que adoro chorar assistindo a essas histórias. Adoro poder me perder pensando em o que significa tanto sentimento, tanta emoção. Adoro poder me buscar, pois acredito que será assim que um dia vou acertar mais que errar, ser mais bela que feia, ser mais justa que injusta, ser mais coerente que incoerente, ser mais tolerante que intolerante ... ah sei lá.... então, o meu filme favorito de hoje, antes que me esqueça é: Dear John!

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